247 - O presidente do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, deve ser reeleito neste domingo (10) para o cargo, com o aval do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff no Processo de Eleições Diretas (PED) da legenda. Deputado estadual em São Paulo, Falcão terá a missão de liderar o partido e pacificá-lo para a disputa eleitoral de 2014 nos moldes desejados pelos principais nomes da sigla. É dado como certo também que ele será um dos principais comandantes da campanha à reeleição da presidente Dilma.
Disputam o PT Nacional com Falcão os também deputados federais Paulo Teixeira e Pedro Simões, além dos dirigentes Valter Pomar, Markus Sokol e Serge Goulart. A eleição ocorre em todo o país. Cerca de 800 mil filiados estão aptos a participar do pleito. Além do presidente nacional, os petistas também elegerão presidentes de diretórios municipais e estaduais, e as chapas municipal, estadual e nacional. São seis votos, no total. Nos casos onde o primeiro colocado não obtiver mais de 50% dos votos, haverá segundo turno entre os dois mais votados no dia 24 de novembro.
O resultado final deste PED será decisivo para a formação dos palanques – tanto no plano nacional, quanto nos Estados. Falcão terá que acalmar petistas e partidos aliados na formação das coligações regionais. Será função dele também conter, nas diversas correntes internas, as insatisfações com a presidente Dilma Rousseff. Alas mais radicais enxergam pouco do programa do partido no governo federal. Por causa disso, o ex-presidente Lula espera com a vitória de Falcão isolar estas críticas e unir a maioria do partido no projeto da reeleição de Dilma.
Ao jornal Estado de S. Paulo, Falcão disse que o PT não pode agir como se fosse oposição. Ele afirmou ainda que “aspira que o segundo governo da presidente Dilma seja mais realizador e com mudanças mais profundas do que as que já ocorreram até agora nos governos do PT”.
Através das redes sociais, Falcão divulgou documento em que ressaltou que o PT como “principal força política de sustentação do governo da presidente Dilma”, tem que “mostrar os avanços, defender os governos, compará-los com o passado e apontar novos caminhos para o país continuar crescendo, distribuindo renda e diminuindo as desigualdades sociais”.