BRASIL TEM PRODUÇÃO RECORDE DE VEÍCULOS: 3,5 MILHÕES
Produção acumulada em 2013 é 11,8% maior da registrada no mesmo período de 2012; já o número de unidades produzidas em novembro caiu 8% sobre o mesmo período do ano passado, para 289,6 mil
5 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 14:14
SÃO PAULO, 5 Dez (Reuters) - A produção brasileira de veículos caiu 8 por cento em novembro sobre o mesmo período do ano passado, para 289,6 mil unidades, dando continuidade a uma desaceleração iniciada no começo deste semestre, informou a associação de montadoras, Anfavea, nesta quinta-feira.
Com o resultado, a produção acumulada do ano soma 3,5 milhões de unidades, 11,8 por cento acima do montado no mesmo período de 2012. A Anfavea estima crescimento de 11,9 por cento na produção deste ano, para recorde de 3,79 milhões de veículos.
Já os licenciamentos do mês recuaram 2,8 por cento na comparação anual, para 302,9 mil veículos, se afastando da meta já reduzida da entidade para 2013. No acumulado de janeiro a novembro, as vendas têm queda de 0,8 por cento, a 3,41 milhões de unidades, enquanto a entidade estima crescimento de 1 a 2 por cento.
O desempenho em novembro implica que o setor terá de registrar vendas recordes de 427 mil veículos em dezembro se quiser cumprir o piso da estimativa reduzida da Anfavea para o ano.
Diante da desaceleração das vendas do mercado brasileiro, afetada pela oferta reduzida de crédito, alto endividamento das famílias e fraco desempenho da economia, os licenciamentos de veículos no país em 2013 podem registrar a primeira queda em 10 anos.
Por segmentos, as vendas de carros e comerciais leves somaram 288,5 mil unidades, queda de 2,9 por cento sobre novembro de 2012. Já as vendas de caminhões, caíram 7,7 por cento na mesma comparação, a 11,6 mil unidades.
A Fiat registrou vendas de 59.718 mil automóveis e comerciais leves em novembro, após licenciamentos de 61.569 em outubro. A alemã Volkswagen passou a General Motors para o segundo lugar, com vendas de 53.089 unidades em novembro após 56.979 em outubro.
A norte-americana General Motors registrou vendas de 51.440 unidades, ante 60.868 no mês anterior. A companhia foi seguida pela Ford, que teve vendas de 26.581 unidades ante 29.425 no mês anterior. Renault viu licenciamentos de 20.758 ante 21.645 unidades em outubro.
Em caminhões, o mercado foi liderado por Mercedes-Benz, com vendas de 3.125 unidades em novembro. A empresa foi seguida pela MAN, do grupo Volkswagen, com vendas de 2.900 unidades, e Scania, com 1.680 unidades.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
MANTEGA: REFIS AINDA DEVE FICAR EM TORNO DE R$ 20 BI
"O número ainda está sendo apurado, mas deve ser próximo disso", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a receita com o refinanciamento de dívidas tributárias
5 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 13:21
BRASÍLIA, 5 Dez (Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que a receita com o refinanciamento de dívidas tributárias, Refis, deve ter ficado em torno de 20 bilhões de reais.
"O número ainda está sendo apurado, mas deve ser próximo disso", disse Mantega, quando perguntado se o valor recuperado totalizou 20 bilhões de reais, após encontro com a presidente Dilma Rousseff.
A cifra próxima de 20 bilhões de reais terminado o prazo de adesão ao Refis para bancos e multinacionais --na última sexta-feira-- supera a previsão do governo, de recuperação de 16,4 bilhões de reais, segundo o Relatório de Receitas e Despesas. As demais empresas têm até o último dia útil de dezembro para formalizar adesão e parcelar tributos atrasados.
Do total arrecadado, quase 6 bilhões de reais foram pagos pela Vale, que tinha dívida de 45 bilhões de reais em impostos atrasados com a Receita Federal. Na semana passada, a empresa anunciou adesão ao programa e pagará outros 16,36 bilhões de reais em 179 meses.
Em outubro, o governo anunciou três grandes programas de parcelamentos de débitos tributários, quando ficou claro que não fecharia as contas sem receita extra para reforçar o caixa.
Em alguns casos, o governo oferece perdão total de juros e multas e desconto na dívida principal, numa ampla renegociação de débitos tributários que podem ser parcelados em até 15 anos.
Os recursos do Refis se somam aos 15 bilhões de reais do pagamento do bônus pela exploração do campo petrolífero de Libra, feitos em novembro.
Para cumprir a meta de superávit primário, o governo terá que economizar mais de 40 bilhões de reais em novembro e dezembro. Em 12 meses até outubro, a meta ficou em 1,44 por cento do PIB, abaixo da meta ajustadade 2,3 por cento do PIB. (Reportagem de Luciana Otoni; Texto de Patrícia Duarte; Edição de Aluísio Alves)
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/123062/Mantega-Refis-ainda-deve-ficar-em-torno-de-R$-20-bi.htm
COPOM DIMINUI PROJEÇÃO PARA A INFLAÇÃO
Em ata, Comitê de Política Monetária, do Banco Central, afirma que o IPCA, índice que mede a inflação, deve ficar, no entanto, acima do centro da meta (4,5%) este ano
5 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 10:46
Kelly OliveiraRepórter da Agência Brasil
Brasília – A inflação deve ficar acima do centro da meta (4,5%) este ano, apesar de a projeção ter diminuído em relação a outubro. Essa avaliação é do cenário de referência, divulgada hoje (5) na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Na ata, o BC não divulga o valor da projeção, como faz no Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente. Nessa simulação do cenário de referência foram consideradas as hipóteses de manutenção da taxa de câmbio em R$2,30 e a taxa Selic em 9,50% ao ano.
De acordo com a ata, no cenário de mercado, que considera trajetórias para câmbio e juros em pesquisa feita a instituições financeiras, a projeção para a inflação também recuou, apesar de seguir acima do centro da meta.