"NÃO VÃO CONSEGUIR CRIAR CONFLITO ENTRE MIM E LULA"
Presidente Dilma Rousseff rebate reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda-feira que investia em intriga entre ela e o antecessor; segundo a matéria, o ex-presidente teria dito a interlocutores que Dilma "está bem na foto" com o eleitorado, mas "divorciada" das classes política e empresarial; petista teria confidenciado ainda que a equipe econômica do governo federal estaria com o prazo de "validade vencido"; em Bruxelas, a presidente respondeu: "Eu acho que vocês podem tentar de todas as formas criar qualquer conflito, barulho ou ruído entre mim e o presidente Lula, que vocês não vão conseguir"
24 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 15:20
247 – A presidente Dilma Rousseff rebateu nesta segunda-feira 24, em Bruxelas, reportagem publicada pela Folha de S. Paulo que mencionava críticas do ex-presidente Lula à relação de Dilma com o empresariado brasileiro. Leia mais em Cresce rede de intrigas para rachar Dilma e Lula.
"Eu acho que vocês podem tentar de todas as formas criar qualquer conflito, barulho ou ruído entre mim e o presidente Lula, que vocês não vão conseguir", disse a presidente, em entrevista coletiva na Bélgica, onde participa da Cúpula Brasil-União Europeia.
Segundo a matéria da Folha, assinada por Valdo Cruz e Andréia Sadi, Lula tem dito a interlocutores do mundo político e empresarial, que têm se encontrado com o petista para fazer críticas a Dilma, que ela precisa mudar o comportamento em um eventual segundo mandato.
A equipe do ex-presidente, segundo a reportagem, avalia que Dilma Rousseff "está bem na foto" com o eleitorado, mas "divorciada" das classes política e empresarial. "Nas conversas com empresários e políticos nas duas últimas semanas, Lula tem dito que a atual equipe econômica está com o prazo de 'validade vencido'", diz ainda o texto.
Hoje, Dilma admitiu que ela e Lula tem divergências, mas que são "as normais". "O meu comentário é o seguinte: a imprensa é livre e tem direito de expressão e eu e o presidente Lula não temos divergências a não ser as normais", disse. Ao responder sobre se já teria ouvido críticas neste sentido de seu antecessor, declarou: "Não, ele nunca comentou comigo".
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/131279/N%C3%A3o-v%C3%A3o-conseguir-criar-conflito-entre-mim-e-Lula.htm
CRESCE REDE DE INTRIGAS PARA RACHAR DILMA E LULA
Rumores que não prosperaram até agora voltam a ser impressos em papel jornal; a exemplo de um ano atrás, noticiário da mídia familiar investe nas diferenças para vender o afastamento entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula; ele, de um lado, disseminaria críticas à gestão da economia em conversas fechadas; ela, de outro, estaria ressabiada com intensa movimentação do dublê de candidato; colunistas Ricardo Noblat, Reinaldo Azevedo e Dora Kramer fazem aposta no racha, discutindo quem manda em quem; telepatia ou pensamento único?
24 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 12:14
247 – A temporada de rumores sobre um afastamento entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula recrudesceu. Levadas a efeito, com diferentes ênfases, ao longo de toda a gestão de Dilma, as intrigas sempre desmentidas por ambas as partes até aqui ganham dramaticidade a partir de agora. Explica-se: os partidos têm até o dia 5 de julho para registrarem oficialmente seus candidatos a presidente da República – um funil que se aproxima num cenário de ampliação de dificuldades econômicas.
Empresários que têm contato frequente ou mesmo esporádico com Lula vão usando, aqui e ali, seus canais de acesso à mídia familiar para transmitir pequenas frases, trechos de encontros e versões analíticas com críticas que estariam sendo feitas pelo ex-presidente à condução da política econômica, em particular, e de gestão de governo, no geral.
Lula avaliaria, segundo essas fontes nunca identificadas, que a descida dos juros, no início da gestão de Dilma, teria sido precipitada, correspondendo agora à uma elevação que poderia ter sido evitada num ano eleitoral. A esses interlocutores, em conversas diferentes, o ex-presidente estaria disparando farpas pontuais a diferentes aspectos da administração federal, mas sem entrar em rota de colisão com a presidente, a quem, carinhosamente, chama de "Dilminha".
Por sua vez, os capitães da indústria nacional que procuram Lula lembram a ele os tempos do chamado espetáculo do crescimento, patrocinado na gestão dele, e procuram entusiasmá-lo com um discurso sobre a importância de uma liderança popular num momento de conturbação social e política. Até agora, nenhum relato de que Lula tenha cedido em sua decisão de não concorrer a estas eleições foi feito.
A presidente Dilma estaria respondendo à movimentação de Lula nos bastidores e em público com mensagens cifradas. Apesar de avisar ao ex, ela compareceu ao encontro articular pelo vice Michel Temer com prefeitos do PMDB paulista que apoiam a candidatura de Paulo Skaf a governador de São Paulo. Ali, teria dito que, para ela, tanto a vitória de Skaf ou de Alexandre Padilha, candidato do PT e apadrinhado por Lula, a deixariam satisfeita.
Antes, três dias depois de Lula fazer proselitismo político em Minas Gerais, ela esteve no Estado, dando indícios de que também estaria 'marcando' a agenda do seu dublê – e não apenas do oposicionista Aécio Neves.
Num gesto entendido como um sinal a Lula, Dilma discursou no aniversário de 30 anos do PT sem citar uma só ver o nome do ex em seu discurso. A ausências das duas sílabas que compõem o nome dele foram notadas pela cúpula do partido e, notadamente, pelos adversários.
Na mídia familiar, os jornais já batem na mesma tecla de um ano atrás, quando elevaram-se as apostas de uma racha entre Dilma e Lula. Ricardo Noblat, Reinaldo Azevedo e Dora Kramer escrevem nessa direção. "Corre a lenda que Lula manda em Dilma. Pura lenda", registrou Noblat.
O que se tem, concretamente, até aqui, é o fato de que Dilma jamais escondeu que iria lutar pela sua reeleição. Lula, depois de ter 'desencarnado' do cargo, quase um ano após passar a faixa de presidente para a sucessora, nunca disse uma palavra em público ou nos bastidores autorizando versões de que estaria em rota de colisão com ela.
A vontade de dividi-los ainda é bem maior que os fatos que podem levar a isso.
LULA É DILMA E DILMA É LULA
DAVIS SENA FILHO
Não há novidade no front da imprensa burguesa de caráter golpista. E sabe por quê? Respondo: porque Lula é Dilma e Dilma é Lula. Os dois não se conduzem à moda Eduardo Campos, Marina Silva, Heloísa Helena e Cristovam Buarque
Você, leitor, quer saber por que a imprensa burguesa e de propósitos historicamente golpistas usa novamente como estratégia a mentira, pura e simples, de que Lula e Dilma estão afastados e divergem sobre os rumos da política, da economia e do governo trabalhista?
Então, vamos lá: a imprensa de negócios privados, como bem diz o nome, é familiar. São famílias bilionárias que dominam um mercado riquíssimo em forma de monopólio. São pessoas que defendem o status quo das classes privilegiadas e, consequentemente, agem e atuam como porta-vozes do grande empresariado nacional e internacional, que odeia o Brasil, mas não abre mão de ganhar muito dinheiro em um País que conseguiu driblar a crise internacional, realidade esta que perdura desde 2008.
Para defender os interesses do establishment, a imprensa de mercado viceja no Brasil, não se faz de rogada e age politicamente, como se fosse um partido de direita, conservador, e disposto a tomar o lugar do PSDB e de seus aliados. Esse segmento político e econômico percebeu há muito tempo que tais agremiações estão derrotadas, porque não têm programa de governo e projeto de País a propor ao povo brasileiro e muito menos determinação para que o Brasil seja, enfim, independente e trace seu destino conforme a vontade da Nação.
Os magnatas bilionários de imprensa, os mesmos que há décadas não têm o mínimo compromisso com o Brasil e seu povo, armam todo tipo de armadilhas, bem como tratam seus leitores, telespectadores e ouvintes como idiotas, como se todo mundo fosse coxinha, inclusive os de classe média. Comportam-se arrogantemente, como se a sociedade precisasse ser tutelada por empregados de mídias, que se consideram os arautos da verdade, e, por sua vez, mostram-se, irremediavelmente, como pessoas necessárias para que a população tenha conhecimento do que acontece à sua volta e também longe de seus olhos e ouvidos.
Pura balela e manipulação! As pessoas sabem dos sapatos que apertam seus calos, além de perceberem quem fez mais para que suas vidas melhorassem. E é exatamente o que incomoda as “elites”, em geral, e a imprensa alienígena, em particular. Quem fez mais, evidentemente, foram os governos trabalhistas de Lula e Dilma, como comprovam, indubitavelmente, os números e os índices sociais e econômicos divulgados ao longo dos anos, por intermédio de instituições tradicionais e respeitadas, como o IBGE, o Banco Central, o Ministério da Fazenda, a FGV, entre outros.
A imprensa é um partido conservador, ideologicamente à direita. Ponto! Já fez todos os tipos de acusações e inúmeras denúncias, muitas delas vazias. Contudo esses fatos não importam para os magnatas bilionários donos de uma imprensa que tem lado e por isso ouve apenas um lado. Afinal, a imprensa burguesa é empresarial, visa o lucro, que vá às favas os interesses do Brasil e de seu povo. Por isso, a chamo também de alienígena, porque o negócio é causar confusão e, por seu turno, fazer com que parte da população acredite em suas sandices e mentiras, pois ter apoio é essencial para que essas empresas sobrevivam.
Por isto e por causa disto, os barões magnatas e seus áulicos capatazes agem em todos os lados e ângulos, pois o objetivo é criar crises artificiais para tentar convencer a sociedade que o Brasil está acabado, falido e vitimado por um caos que não deixa pedra sobre pedra. Na ótica dos escribas paus mandados de seus patrões, haver mudanças, ou seja, eleger políticos conservadores, aqueles mesmos que levaram o Brasil três vezes ao FMI, é a salvação da lavoura.
Votar em políticos neoliberais e subservientes que foram ao FMI de joelhos e com o pires nas mãos, além de continuar a privatização de um imenso patrimônio público que nenhum tucano ajudou a construir, é o “caminho natural” para que o Brasil se desenvolva. Seria cômico se não fosse trágico. Mas é apenas isto que a imprensa familiar quer: mandar no Brasil e pautar seus governantes eleitos. Quem não lê sua cartilha de letras tortas está fadado à desconstrução e à desqualificação de seu nome e de sua honra, porque o sistema midiático comercial e privado é o maior cúmplice dos interesses das potências estrangeiras e dos conglomerados econômicos apátridas e responsáveis pela miséria e a violência em âmbito planetário.
Entretanto, próceres da direita midiática, a exemplo de Dora Kramer, Reinaldo Azevedo e Ricardo Noblat, insistem no que já não deu certo no ano passado e em anos anteriores. A repercussão nos meios de comunicação privados de uma suposta contrariedade entre os dois políticos trabalhistas tem fundo falso e visa apenas manipular o noticiário para auferir dividendos políticos aos conservadores. É evidentemente que as ilações e notas maldosas e maliciosas têm por finalidade dividir o PT e o Governo trabalhista, bem como dar a impressão ao público que as autoridades que administram o Executivo e representam o Governo no Congresso estão divididas.
Nicolau Maquiavel já ensinava esse processo draconiano há séculos. Não há novidade no front da imprensa burguesa de caráter golpista. E sabe por quê? Respondo: porque Lula é Dilma e Dilma é Lula. Os dois não se conduzem à moda Eduardo Campos, Marina Silva, Heloísa Helena e Cristovam Buarque. Os patrões magnatas bilionários sabem disso. E daí? Por que não insistir nas ilações, nas fofocas mequetrefes e rastaqueras de que Lula e Dilma estão a divergir?
Além do mais, os institutos de pesquisas divulgaram que a presidenta petista venceria as eleições ainda no primeiro turno, se elas acontecessem hoje — agora! Os magnatas e seus prepostos pensam assim: “Ah, sei que fizemos tais mentiras e maledicências, mas por que não insistir na falácia, já que não temos compromisso com o jornalismo, com a realidade dos fatos e muito menos prezamos a verdade?” E completam: “Tudo vale à pena quando a alma não é pequena?”
Só que a alma da grande imprensa privada é pequena e sórdida. E o verso de Fernando Pessoa não lhe cabe. Lula é Dilma e Dilma é Lula. É isso aí.