COM OLÍVIO AO SENADO, CHAPA DE TARSO É LANÇADA
Partidos aliados à reeleição do governador Tarso Genro (PT) anunciaram, na tarde desta quarta-feira, a chapa majoritária, na sede do PTB Metropolitano; a ex-secretária de Turismo Abgail Pereira (PC do B) será candidata a vice e o ex-governador Olívio Dutra (PT) concorrerá ao Senado; unanimidade no PT e respeitado pelos aliados, Olívio revigora a militância petista e traz competitividade na disputa ao Senado, que, por enquanto, tem o jornalista Lasier Martins (PDT), o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) e o professor Júlio Flores (PSTU)
29 DE MAIO DE 2014 ÀS 06:16
Jaqueline Silveira
Sul 21 - Com a sede do PTB Metropolitano lotada, os partidos aliados à reeleição do governador Tarso Genro (PT) anunciaram, no começo da tarde desta quarta-feira (28), a chapa majoritária. A ex-secretária de Turismo Abgail Pereira (PC do B) será candidata a vice e o ex-governador Olívio Dutra (PT) concorrerá ao Senado.
Sul 21 - Com a sede do PTB Metropolitano lotada, os partidos aliados à reeleição do governador Tarso Genro (PT) anunciaram, no começo da tarde desta quarta-feira (28), a chapa majoritária. A ex-secretária de Turismo Abgail Pereira (PC do B) será candidata a vice e o ex-governador Olívio Dutra (PT) concorrerá ao Senado.
As negociações feitas nos últimos dias mudaram a composição inicialmente prevista da chapa e, ao mesmo tempo, o cenário eleitoral no Rio Grande do Sul. Pelo acordo, o PTB indicaria o vice, que teve entre os cogitados para a vaga o deputado Luis Augusto Lara, a ex-prefeita Keli Morares e o ex-chefe da Polícia Civil Ranolfo Vieira, e o PC do B, apresentaria o nome ao Senado, que seria Emília Fernandes. O PTB, porém, abriu mão de indicar o companheiro de chapa de Tarso, e o PC do B retirou a pré-candidatura ao Senado em prol de Olívio. Antes um pouco do anúncio da majoritária, os comunistas se reuniram e definiram pelo nome de Abgail como vice.
Unanimidade no PT e respeitado pelos aliados, Olívio revigora a militância petista para campanha de Tarso e traz competitividade na disputa ao Senado, que, por enquanto, tem como pré-candidatos confirmados: o jornalista Lasier Martins (PDT), o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) e o professor Júlio Flores (PSTU).
Anfitrião no ato político, o presidente estadual do PTB, deputado federal Luiz Carlos Busato, disse que a pré-candidatura do ex-governador mexe no cenário eleitoral.
“Temos certeza que muda o quadro político”, destacou o dirigente, elogiando a unidade da aliança e os petebistas que colocaram o nome à disposição para concorrer a vice de Tarso. Sobre ter mais espaço no governo em troca da retirada da pré-candidatura, Busato disse que isso não foi tratado. “Não discutimos espaços, o que queremos é participação das decisões de governo daqui para frente”, afirmou o deputado.
No mesmo tom do petebista quanto à unidade, a presidente do PC do B no Estado, deputada federal Manuela D’Ávila, ressaltou que seu partido tinha duas conquistas para comemorar com a composição da chapa. A primeira delas é em relação à pré-candidatura de Olívio por ser, segundo ela, “um homem que engrandece o Rio Grande do Sul”. Já outra conquista trata-se da escolha de Abgail para ser vice do atual governador “Fizemos um gesto de retirar a nossa candidatura (ao Senado), engrandecemos a nossa chapa e preservamos a nossa unidade”, declarou Manuela, sobre as negociações de composição da aliança. Ela negou que a saída de Emília Fernandes da chapa esteja condicionada ao apoio do PT a sua candidatura à prefeitura de Porto Alegre, em 2016. “Não discutimos o futuro”, garantiu a deputada, que afirmou que não houve veto dos petistas à candidatura de Emília. A ex-senadora não compareceu ao evento.
Chefe do PT estadual, Ary Vanazzi agradeceu aos partidos “pela grandeza” demonstrada nos últimos dias e que possibilitou a composição da chapa. Já com um pronunciamento de pré-candidata, Abgail procurou exaltar as virtudes do governo Tarso Genro, dando o tom do discurso na campanha. “Vimos nosso Rio Grande crescer economicamente e se desenvolver socialmente”, ressaltou a ex-secretária de Turismo. E prosseguiu: “Me sinto orgulhosa e entusiasmada com a tarefa que o meu partido me deu”.
Ex-governador defendeu a reforma política
O momento do pré-candidato ao Senado falar foi antecedido por gritos entusiasmados da militância: “Olívio, Olívio, Olívio”. Com voz mansa, como de costume, o ex-governador afirmou que pensou bastante e consultou amigos sobre a decisão. “Fico muito orgulhoso e honrado. Tenho meditado bastante! Eu durmo pouco e tenho dormido menos ainda”, acrescentou. Diante do olhar atento dos militantes petistas e dos aliados, Olívio afirmou que a tarefa de todos é “aperfeiçoar e aprimorar o projeto que está fazendo bem para o Rio grande e para o Brasil”, numa referência à reeleição dos governos Tarso Genro e Dilma Rousseff. Ele também defendeu um “Estado que funcione para todos, senão para a maioria” e a reforma política. “Não podemos ser objeto da política, temos de ser sujeitos da política. Eu sou militante dessas ideias”, concluiu ele.
Governador disse foi construída uma aliança de princípios
Saudado pela militância, principalmente pelo do PTB que chegou ensaiar um canto, o governador se disse comovido com a manifestação dos petebistas, agradecendo a todos os aliados pelo esforço em prol da unidade da coligação. “Esse tipo de postura é baseado numa relação programática, de princípios”, afirmou Tarso, sobre aliança construída. Em seu discurso, ele criticou os ataques feitos aos partidos e políticos que, segundo ele, “está na moda”, e que só fortalecem, por exemplo, o autoritarismo. O pré-candidato destacou que a aliança feita no Estado ainda será exemplo para o Brasil. “Nenhum de nós, aqui, pleiteou ser candidato. Eu aceitei uma missão política dada pelo meu partido. O Olívio não era candidato, não se ofereceu para ser”, frisou Tarso.
Especificamente sobre seus companheiros de chapa, Olívio e Abigail, o governador declarou que aprendeu a respeitá-los durante sua trajetória. “A Abigail enriquece e dá vigor a nossa chapa, e o Olívio é muito mais que um membro de um partido, é um símbolo político da dignidade nacional”, elogiou Tarso. Depois de finalizar a manifestação, o governador voltou ao microfone para agradecer a um político que ajudou na composição da aliança: ex-senador Sérgio Zambiasi (PTB). Disse que não fez antes de propósito porque não estava autorizado.
Em todos os discursos, os aliados evitaram ataques aos adversários, procurando destacar o crescimento do Estado nos campos econômico e social. Discurso que deverá ser repetido no dia 6 de junho, quando será lançada a majoritária com as presenças da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ao longo da campanha eleitoral. Já a confirmação das candidaturas deverá ocorrer depois do dia 10 de junho, data que abre o calendário das convenções.
ARMANDO AO 247: "LULA VAI LUTAR POR PERNAMBUCO"
Em entrevista ao 247, o senador Armando Monteiro (PTB/PE), que lidera as pesquisas para o governo de Pernambuco, com 55% dos votos, avisa que o presidenciável Eduardo Campos, do PSB, tem um problemão pela frente; "o ex-presidente Lula assumiu um compromisso firme conosco e já deve vir aqui para um grande ato político no dia 13 de junho, antes mesmo da nossa convenção"; segundo Monteiro, a candidatura presidencial de Campos desperta dúvidas entre os pernambucanos, o que prejudica o próprio PSB localmente; "as pessoas não sabem se isso interessa ao estado ou se é apenas um projeto pessoal"; em relação a Pernambuco, Monteiro diz que sua candidatura representa continuidade, mas com "credibilidade para mudar o que for necessário"
28 DE MAIO DE 2014 ÀS 15:29
Pernambuco 247 - O senador Armando Monteiro (PTB/PE) pode ser o protagonista de uma façanha eleitoral em 2014: a de derrotar o presidenciável Eduardo Campos, do PSB, em seu próprio território. É o que aconteceria se as eleições fossem hoje em Pernambuco. Segundo o Vox Populi, Monteiro tem 55% das intenções de voto. O Ibope o aponta com quase 50%. Enquanto isso, o socialista Paulo Câmara, que foi lançado por Campos há três meses, oscila entre 7% e 11%. "Estamos caminhando muito bem e vamos melhorar", disse o senador Armando Monteiro, numa rápida entrevista ao 247.
Ele afirma que sua candidatura é vista pelos pernambucanos como um projeto de continuidade das transformações que aconteceram em Pernambuco – mas com "credibilidade para mudar" o que for preciso. "Nós participamos, como integrantes da Frente Ampla (um grupo de partidos de esquerda e centro-esquerda), das mudanças positivas que aconteceram no nosso estado nesses últimos anos", diz Monteiro. "Mas os indicadores sócio-econômicos ainda precisam melhorar muito".
Monteiro lembra, por exemplo, que Pernambuco se situa mal nos rankings nacionais da educação. "No Ideb, que avalia o ensino básico, estamos na vigésima posição", afirma. "No ensino médio, onde a responsabilidade é estadual, a colocação oscila entre 15 e 16". O senador afirma que o estado acelerou seu crescimento recebendo fortes investimentos em diversos setores, mas lembra que várias regiões do estado ficaram de fora desse processo e promete atenuar os desequilíbrios regionais.
Apoio de Lula
Além da liderança folgada nas pesquisas, Monteiro conta com outro trunfo a seu favor, chamado Luiz Inácio Lula da Silva. "Ele assumiu o compromisso de se engajar fortemente na nossa campanha", diz Armando. "Lula vai lutar por Pernambuco". O senador antecipa que o ex-presidente irá a Pernambuco no dia 13 de junho, um dia depois da estreia da seleção brasileira na Copa, para um grande ato político, antes mesmo da convenção do PTB, marcada para 27 de junho. "Tanto ele como a presidente Dilma estarão com muita frequência no nosso palanque". Aliado ao PT, Monteiro terá como candidato ao Senado o deputado federal João Paulo (PT-PE), que foi prefeito de Recife durante dois mandatos e saiu com altos índices de aprovação popular. "É um nome com muita densidade eleitoral".
Projeto de Campos
O senador também vê com ressalvas o projeto presidencial de Eduardo Campos e diz que sua percepção é compartilhada pela maioria dos pernambucanos. "As pessoas colocam em dúvida se ele tomou a melhor decisão pelo estado ou se está levando adiante um projeto apenas pessoal", afirma. "Não há uma pessoa em Pernambuco que não reconheça o papel que tanto o ex-presidente Lula como a presidente Dilma tiveram no ciclo de investimentos públicos e privados em Pernambuco", afirma.
Monteiro, no entanto, sabe que terá uma eleição difícil e está ciente do capital político do ex-governador pernambucano, que, em 2012, na disputa municipal do Recife, também lançou um candidato em desvantagem, Geraldo Júlio, que acabou vencendo a disputa. Mas sabe que teve uma boa largada e que conta com bons cabos eleitorais: Lula e Dilma. "O Eduardo terá que se desdobrar para fazer campanha em todo o País e também estar presente aqui, onde talvez não esperasse que largássemos tão bem".
DILMA ASSUME PALANQUE DUPLO EM SP: SKAF E PADILHA
Presidente escolhe estratégia de dois palanques em São Paulo; em jantar com cúpula do PMDB, em Brasília, ela prestigiou o pré-candidato Paulo Skaf ao governo estadual; “Temos duas candidaturas, o ex-ministro Padilha e o Skaf”, lembrou Dilma Rousseff, que pela segunda vez infla atual presidente da Fiesp; “Essa é a fórmula do 2º turno”; mas não é, exatamente, a que o pré-candidato do PT gostaria; Padilha está mais de dez pontos porcentuais atrás de Skaf nas pesquisas e gostaria do apoio exclusivo da presidente para decolar; governador Geraldo Alckmin enfrenta situação montando palanque eletrônico com 17 partidos; no Rio, Dilma disse que é só Pezão, o governador e pré-candidato pelo PMDB
28 DE MAIO DE 2014 ÀS 17:38
247 – Era tudo o que o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, ex-ministro Alexandre Padilha, não gostaria de ter ouvido. Largando atrás nas pesquisas de opinião, ele conta com o apoio efetivo da presidente Dilma Rousseff para tentar sua decolagem. Mas Dilma já decidiu que o quer mesmo nas eleições paulistas é ter um palanque duplo, como se diz na gíria da política.
- Temos duas candidaturas, uma que é a do ex-ministro [Alexandre] Padilha [PT], e o Skaf. Acredito que é essa a fórmula do segundo turno, disse Dilma, na noite de ontem, em Brasília, durante jantar com a cúpula do PMDB, citando o atual presidente da Fiesp. Ela assumiu o posicionamento para destacar a importância de derrotar o governador Geraldo Alckmin em sua tentativa de reeleição.
- Quero enfatizar esse fato: a gente não pode ser ingênuo e não perceber o que significa uma derrota dos tucanos em São Paulo, sendo bem clara, acentuou a presidente.
Para Skaf, a frase de Dilma é o segundo gesto importante que a presidente faz em sua direção. O primeiro foi o comparecimento dela em outro jantar, também em Brasília, no qual o vice-presidente Michel Temer apresentou Skaf oficialmente aos chefes do partido como pré-candidato a governador.
O governador Geraldo Alckmin procura responder à estratégia da presidente com a formação de uma aliança partidária de 15 partidos. Seu maior esforço é por atrair o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab e o PSB do presidenciável Eduardo Campos, com quem tem desenvolvido conversas.
Para Padilha, no entanto, a explicitação, pela presidente, do apoio também a Skaf é frustrante. Ele tem realizado um roteiro de visitas a pequenos municípios, mas precisa que Dilma, assim como tem feito o ex-presidente Lula, o ajude a subir nas pesquisas de opinião. Pelo visto, no entanto, do ponto de vista da presidente é melhor que ela se dividida entre dois nomes para conseguir a reeleição e, de quebra, bater Alckmin em São Paulo.
Falando sobre a situação eleitoral no Rio de Janeiro, Dilma nem deu esperanças de apoio ao senador Lindbergh Farias, que tenta ser o candidato do PT na disputa estadual. Para deixar isso claro, ela rasgou elogios ao ex-governador Sergio Cabral e ao atual governador e pré-candidato Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB.