DILMA: “POVO DEU LIÇÃO DE MORAL NO 'NÃO VAI TER COPA'”
Em evento no Rio, onde discursou após visita inaugural a hospital em Saquarema, presidente disse que "estamos de fato fazendo a Copa das Copas" e que "os estádios estão aí para todo mundo ver"; "Nesse processo tem um grande vencedor, o povo brasileiro, que deu uma lição de moral nessa questão do não vai ter Copa", afirmou Dilma Rousseff, cutucando os críticos do Mundial na imprensa; "Demos uma goleada nos pessimistas, naqueles que anunciavam que seria um caos", ressaltou; por fim, presidente, que torce fervorosamente pela Seleção Brasileira, pediu "que no campo tenhamos o que nós merecemos: uma vitória justa"
30 DE JUNHO DE 2014 ÀS 17:15
Rio 247 – O sucesso da Copa do Mundo no Brasil tem dado uma "goleada nos pessimistas", que acreditavam que o evento "seria um caos". A declaração foi feita pela presidente Dilma Rousseff, na tarde desta segunda-feira 30, durante visita inaugural ao Hospital Estadual dos Lagos, localizado no município de Saquarema, no Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.
Em seu discurso, Dilma disse que "estamos de fato fazendo a Copa das Copas" e que "os estádios estão aí para todo mundo ver", ao contrário do que previram alguns veículos de comunicação. "Nesse processo tem um grande vencedor, o povo brasileiro, que deu uma lição de moral nessa questão do 'não vai ter Copa'", ressaltou a presidente, sobre o movimento que mostrou um forte mau humor em relação à competição.
"Demos uma goleada nos pessimistas, naqueles que anunciavam que seria um caos", celebrou a petista, que pediu, por fim, "que no campo tenhamos o que nós merecemos, uma vitória justa". Pesquisa realizada pelo portal Uol, do grupo Folha, aponta que 35% dos jornalistas estrangeiros dizem que essa é a melhor Copa já vista (leia aqui). Dilma é uma torcedora fervorosa da Seleção Brasileira. A cada jogo, tem publicado no Twitter mensagens parabenizando os jogadores e o técnico, Luiz Felipe Scolari.
Dilma participou do evento no Rio com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que na semana passada abriu o palanque para o também candidato a presidente Aécio Neves, do PSDB, e com o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O novo hospital será referência regional em trauma ortopédico e maternidade de alto risco e beneficiará a população por meio da Central Estadual de Regulação. Foram investidos R$ 46 milhões na unidade de atendimento 100% SUS.
COPA REVELA A MÃE DE TODAS AS VERDADES INCÔMODAS: 'AQUI JAZ A GRANDE MÍDIA'
WASHINGTON ARAÚJO
Esta Copa revelou como nenhum outro evento no país conseguiu até agora o caráter mesquinho, monopolista e partidarizado com que há muito vem atuando nosos principais veículos de comunicação
A essas horas um grego ainda amarga a dor de não fazer seu país avançar. Tudo porque errou seu pênalty. E fica esse ar de desilusão, esses tantos anos de treinamento intensivo, essa construção interminável de sonhos de campeão. Errou o que não podia errar. Das poucas coisas na vida que não há conserto esse é um deles: o pênalty que se perde depois da prorrogação, a distância que separa as oitavas das quartas-de -final de uma Copa do Mundo.
A essas horas, também, a pequenina Costa Rica se sente embalada pelos anjos dos estádios e poderá sonhar com novos desafios, novas vitórias. Venceu. E a história - sempre foi e sempre será assim - continuará sendo escrita pelos vencedores. E a seleção da Costa Rica, que começou desacreditada, zebra consumada, equipe a ser trucidada por qualquer seleção de seu grupo, todas campeàs do mundo, nos ensinou que muitas vezes a primeira coisa a dar errado é isso que chamamos de senso comum.
A nossa cultura perdoa muitas coisas, por exemplo, ouvir todo o repertório de besteirol do Ronaldo Nazário e do Jabor, continuar lendo Veja e dando audiência ao jornalismo da Globo, mas não perdoa quem bate um pênalty decisivo e erra. No sufoco do jogo do Brasil contra um vigoroso Chile (28/6) tivemos jogadores - Hulk e William - que se deram o luxo de bater e errar seus pênalties. Foi um luxo porque tinham em nosso gol ninguém menos que Julio Cesar. Mas não tinham, absolutamente, direito a esse luxo.
Desperdiçaram oportunidades de ouro em nossa longa e acidentada jornada rumo ao Hexacampeonato. Não tinham o direito de despejar o destino do Brasil em sua Copa na maestria, no tino, na arte, nas mãos e na sorte de nosso Julio Cesar, essa fênix que virou cinzas na despedida do Brasil na Copa da África do Sul (2010) e agora ressuscitou e alçou voo rumo à unanimidade nacional.
Mereceu, Julio Cesar. Huck e William deveriam ficar treinando pênalties como se fosse dízimas periódicas, e treinar até dormindo, pois nunca saberemos o que nos reservam as próximas 3 partidas em que poderemos vir a jogar. E cada um deles já chega com "menos 1 gol" a justificar.
Esta Copa revelou como nenhum outro evento no país conseguiu até agora o caráter mesquinho, monopolista e partidarizado com que há muito vem atuando nossos principais veículos de comunicação. Perderam de goleada em suas predições de que esta copa seria um rotundo fracasso: de público, de futebol, de infraestrutura. E deixou claras verdades incômodas, há muito suspeitadas e finalmente completamente comprovadas em grande estilo, em um Mundial que é motivo de elogios e regozijo em todo o planeta.
A seguir, destaco algumas dessas verdades incômodas:
Mesmo com toda a grande imprensa jogando contra a Seleção Brasileira, dia a dia, minuto a minuto, mesmo que aquela revista americana impressa no Brasil - Veja, dos Civita - continue fazendo cama de pregos para danar nossa Seleção.
Mesmo tendo de aturar Ronaldo Nazário destilando veneno gordo contra nossos canarinhos e comentaristas da CBN se revezando em ridicularizá-la segundo a segundo.
Mesmo observando o esforço descomunal de um combalido Arnaldo Jabor cavando pênalties para derrubá-la a torto e à direita.
Mesmo que exista toda uma equipe do UOL a lhes morder os ombros e tendo que aguentar aquela peça publicitária do Banco Itaú com cara de nota de R$ 3,00 agourando nossos craques.
Mesmo que Merval Pereira seja imortalizado por torcer contra o país, assumindo posto antes ocupado por Mãe Dináh no reino das furadas predições, e pareça incansável em seu característico odor nauseabundo de derrotismo ante a pujança nacional.
Mesmo que William Waack teime, desesperado como ele só, e com a boca torna e o indefectível sorriso cínico, em dar cartão vermelho no Jornal da Globo para nossa Seleção.
Mesmo que todos os salgadinhos de quinta categoria, capitaneados por coxinhas requentadas e recalcitrantes, inisistam em prever o desastre do Brasil - se não hoje, amanhã - seja na Copa, na economia, na educação ou na saúde. De tão infelizes e mal resolvidos na vida essa turma substituiu sua titânica pisada de bola do "Não Vai Ter Copa" por um anêmico e fadado ao fracasso "Brasil Não Vai Ser Campeão".
Mesmo com tudo isso, não titubeio e nem duvido bem por milionésimos de segundos que torço, grito, vibro e boto fé no Brasil, e dobro a aposta sempre, em sua seleção e em seu povo.
Nem somos melhores nem piores que qualquer outra das seleções que jogaram em nossas 12 cidades-sedes. Fato mesmo que se impõe é que as seleções ruins que vieram a essa Copa já foram recolhidas às suas casas: Espanha, Inglaterra, Portugal, Itália, Uruguai.
E depois de tudo, que possamos ouvir o apito final seguido por um catártico grito de O CAMPEÃO VOLTOU!