Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.
Após censurar os abusos cometidos pelo governo de Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza, Brasil usa liderança no continente para emitir declaração em comum com líderes dos cinco países que compõem o Mercado Comum do Sul (Mercosul) condenando uso desproporcional da força por Israel; grupo se reúne na 46ª Cúpula do bloco, marcada para a próxima terça-feira (29), em Caracas, Venezuela; articulação é mais uma resposta do governo brasileiro contra a chancelaria de Israel que chamou o Brasil de "anão diplomático"
25 DE JULHO DE 2014 ÀS 06:26
247 – Após assumir dianteira na censura contra os abusos cometidos por Israel na Faixa de Gaza, o Brasil articula posição do Mercosul contra o país de Benjamin Netanyahu.
O tema será discutido pelos líderes dos cinco países que compõem o Mercado Comum do Sul (Mercosul), na 46ª Cúpula do bloco, marcada para a próxima terça-feira (29), em Caracas, Venezuela.
O governo Dilma e o Itamaraty divulgaram notas condenando "energicamente o uso desproporcional da força" por Israel em conflito na Faixa de Gaza. O massacre já matou 700 palestinos em Gaza, a maioria civis. As declarações foram hostilizadas pelo país.
Em resposta, o ministro Luiz Alberto Figueiredo rebateu comentário feito pela chancelaria de Israel de que o Brasil é um "anão diplomático": "Somos um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU e temos um histórico de cooperação pela paz e ação pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles", afirmou.
ELIANE: POSIÇÃO BRASILEIRA CONFIRMA ISOLAMENTO DE ISRAEL
Segundo a colunista Eliane Cantanhêde ação do Brasil tem motivos inquestionáveis: “A posição brasileira, clara e dura, marca uma inflexão da política externa de Dilma, a meses do fim do governo, e confirma que Israel perdeu a guerra da opinião pública internacional e está cada vez mais isolado”
25 DE JULHO DE 2014 ÀS 05:59
247 – O Brasil deu ontem um sinal de força contra a escalada da violência na Faixa de Gaza por Israel. A colunista Eliane Catanhêde apoiou a iniciativa e disse que os motivos são inquestionáveis
“Como não ver, não ouvir e não gritar diante de centenas de mortes de civis palestinos (e de onde quer que seja), ainda mais se grande parte delas são de mulheres e crianças? E como não ver, não ouvir e não gritar que caíram mais de 700 de um lado e menos de 5% disso no outro?”, questiona.
Segundo ela, a posição brasileira, clara e dura, marca uma inflexão da política externa de Dilma, a meses do fim do governo, e confirma que Israel perdeu a guerra da opinião pública internacional e está cada vez mais isolado (leiaaqui).
Diplomacia brasileira diz não à chacina em massa de civis palestinos
É de um cinismo inaceitável a declaração de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, durante conferência de imprensa no Ministério da Defesa, em Telavive, de que Israel "está realizando uma atividade complexa, profunda e intensa na Faixa de Gaza", com apoio muito forte da comunidade internacional. Pelo menos, de uma coisa posso me orgulhar: o Brasil deixou bem claro que não faz parte desta farsa.
Igualmente vergonhosa e mentirosa é a declaração do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que culpou o Hamas pela continuação do conflito em Gaza, e afirmou que o movimento palestino precisa reconhecer sua responsabilidade uma vez que tem rejeitado todas as tentativas de cessar-fogo.
Não estou sozinho nisso. Horas antes de discursar na Assembléia das Nações Unidas, esta semana, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, classificou o primeiro ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, de mentiroso contumaz, que recorre à trapaça para promover suas intenções. A natureza dele é mentir, acusou o chanceler iraniano: há 22 anos o regime de Israel diz que o Irã terá armas nucleares em seis meses.
Me orgulho imensamente da decisão política do Brasil de se posicionar oficialmente contra a chacina de palestinos promovida por Israel nos últimos dias. Como Nação democrática temos o direito de condenar esse comportamento criminoso e assassino de despejar bombas em hospitais e prédios civis sob a alegação de que são bases do Hamas. E mesmo que fossem não poderiam ser bombardeados. O Hamas como movimento é parte representativa do povo palestino.
Após convocar , na quarta feira o Embaixador israelense no Brasil para demonstrar seu desagrado com a ação israelense de matar mais de 600 civis, dentre eles mais de uma centena de crianças, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, chamou nesta quinta-feira de volta ao Brasil o embaixador em Tel Aviv, Henrique Sardinha Filho.
Fomos o segundo país, depois do Equador, a adotar a medida. Essa é uma demonstração de que a política externa brasileira tem rumo definido em defesa dos direitos humanos. As medidas têm por objetivo demonstrar o descontentamento do governo brasileiro com o massacre de palestinos civis na Faixa de Gaza.
Em nota o Itamaraty demonstra nossa inconformidade e deixa claro que entendemos exatamente o que está se passando ao afirmar que "condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza". O confronto é desleal: enquanto os mortos israelenses são contados em dezenas, os palestinos são enterrados às centenas.
Diante da gravidade da situação, o Brasil votou favoravelmente à resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, que estabelece uma comissão para investigar as ações de Israel.
As críticas à posição da diplomacia brasileira contra a ação de Israel são feitas por quem parece desconhecer o interesse histórico do Brasil por Israel e seu povo.
A criação do Estado de Israel em 1948 se deu a partir da decisão de partilha da Palestina, em 16 de setembro de 1947, em sessão da Organização das Nações Unidas, presidida pelo embaixador brasileiro, Oswaldo Aranha, então presidente do organismo internacional. Inclusive, em razão de ter dado pátria ao povo judeu, seu nome é considerado uma legenda em Israel.
Israel transformou a mentira em política de Estado. Apoio incondicionalmente a posição brasileira de defesa do fim desse morticínio contra o povo palestino e caso não ocorra um cessar fogo, creio que o Brasil deveria romper relações diplomáticas com Israel.