"Conforme a relação EUA-China se tornar mais problemática, as corporações americanas investirão mais no Brasil, assim como as chinesas. Então, o Brasil leva vantagem nisso tudo." Do presidente do Eurasia Group, consultoria de "risco político" de multinacionais americanas, IAN BREMMER, ao prever uma escalada de conflitos entre as empresas dos EUA e da China, em entrevista ao "Barron's", destacada também no "Financial Times".Do Nelson de Sá
Lula anuncia criação de linha de crédito de 1 bilhão de euros para alimentos
Irã assina acordo para troca de urânio na Turquia
Estadão.com.br
“Irã, Brasil e Turquia assinaram nesta segunda-feira um acordo sobre o programa nuclear iraniano na reunião do G-15 (17 países em desenvolvimento), em Teerã. O presidente Mahmoud Ahmadinejad aceitou trocar 1.200 quilos de urânio por material nuclear (enriquecido a 20%) equivalente para seu reator de pesquisas médicas, abrindo mão de avançar em seu processo de enriquecimento para fins militares. O processo deverá se dar em território turco.”
Amorim diz que cooperação e amizade vencem pressão nas negociações com o Irã
Renata Giraldi, Agência Brasil
“O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que a cooperação e a amizade venceram a pressão nas negociações do acordo firmado hoje (17) em Teerã para o envio de urânio iraniano levemente enriquecido para a Turquia, em troca do produto enriquecido a 20%.
A análise do chanceler é uma resposta ao governo dos Estados Unidos que lidera uma campanha internacional em favor da imposição de sanções ao Irã por desconfiar que seu programa nuclear esconda a produção de armas atômicas.
“Nós estamos conversamos de maneira respeitosa e com convicção com países em desenvolvimento que compreendem e sabem falar de uma maneira que não seja impositiva. A nossa linguagem não é a pressão. A nossa linguagem é de persuasão, de amizade e de cooperação”, disse Amorim, depois de fechado o acordo.
O acordo foi negociado pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, além do primeiro-ministro da Turquia, Tayyiq Erdogan, durante as reuniões paralelas do G15 - o grupo dos 18 países não alinhados. Paralelamente, os chanceleres do Brasil, da Turquia e do Irã negociavam os termos do documento.
Pelo acordo firmado nesta manhã, o Irã vai enviar o urânio enriquecido a 3,5% para a Turquia. Em um prazo de 12 meses, deverá receber da Turquia o urânio enriquecido a 20%. O processo deve ser acompanhado por inspetores dos dois países. Com isso, as autoridades esperam que sejam encerradas as desconfianças em torno do programa nuclear iraniano.
O acordo, porém, deve ser ser submetido ainda à análise do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e aos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Os dois órgãos avaliaram a execução prática dos termos negociados. Só depois disso, de acordo com especialistas internacionais, será possível encerrar de forma definitiva o impasse em torno do programa nuclear iraniano.”
A Paz: Lula diz que acordo com Irã é vitória da diplomacia
Diálogo liderado por Lula obtém acordo, diz chanceler turco
“O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse neste domingo (16) que foi uma acordo foi obtido entre Irã, Turquia e Brasil sobre a troca de urânio com baixo enriquecimento por combustível nuclear, decisão que pode por fim momentâneo às pressões que Estados Unidos e seus aliados contra o programa de energia nuclear do Irã.
Vermelho.org
Quando questionado por jornalistas em Teerã se haveria um acordo sobre a troca de combustível, ele respondeu: “Sim, isso foi alcançado após quase 18 horas de negociações”.
Segundo o chanceler turco, o anúncio oficial pode ser feito na segunda-feira pela manhã, após revisão pelos presidentes brasileiro e iraniano e o primeiro-ministro turco, que chegou à capital iraniana neste domingo.
Os presidentes brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, falaram neste domingo em entrevista coletiva sobre o interesse de incrementar as relações comerciais entre seus países. Porém, não fizeram nenhuma referência ao tema nuclear.
Os EUA e seus aliados usam o programa de energia nuclear do Irã para acusá-lo de querer fabricar armas nucleares, o que Teerã desmente categoricamente.
Evitando negociar o tema diretamente com os iranianos, EUA desejavam realizar uma quarta rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o país do Oriente Médio.”
Ao visitar Irã, Brasil 'desafia política externa dos EUA', diz Financial Times
“Uma reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal britânico Financial Times avalia que o Brasil "desafia a política externa dos Estados Unidos" ao tentar mediar um diálogo com o Irã a respeito do programa nuclear iraniano.
BBC Brasil
O texto, publicado às vésperas da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à capital iraniana, Teerã, diz que a viagem se tornou o foco de "esforços diplomáticos intensos, em meio à esperança brasileira de encontrar um meio termo na disputa e temores americanos de que ele (Lula) possa complicar os esforços para chegar a uma resolução estabelecendo sanções nas Nações Unidas".
"As autoridades americanas reconhecem que a tentativa brasileira de seguir um caminho diplomático próprio – assim como esforços parecidos de outras 'potências emergentes', como a Turquia – são um novo desafio para a política externa americana", diz o FT.
O embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, disse ao jornal que "à medida que o Brasil se torna mais afirmativo globalmente e começa a afirmar sua influência, vamos trombar com o Brasil em novos temas – como o Irã, o Oriente Médio, o Haiti".
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