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Nosso objetivo não é engrandecer um homem, o Presidente Lula, mas homenagear, como brasileiro que ama esta terra e esta gente, o que este homem tem provado, em pouco tempo, depois de tanto preconceito e perseguição ideológica, do que somos capazes diante de nós mesmos, e do mundo, e que não sabíamos, e não vivíamos isto, por incompetência ou fraude de tudo e todos que nos governaram até aqui. Não engrandecemos um homem, mas o que ele pagou e tem pago, para provar do que somos.

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terça-feira, 9 de outubro de 2012


A NOVA CLASSE MÉDIA


AJAX AMARAL9 DE OUTUBRO DE 2012 ÀS 15:27
Acho válido que as pessoas melhorem de vida e tenham acesso a mais bens de consumo. O que não posso concordar é com a maneira que isto está sendo feito



A nova classe média brasileira, hoje composta por 104 milhões de pessoas, representa 53% da população, segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, que considera classe média famílias "com baixa probabilidade de passarem a ser pobres no futuro próximo", com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês.

Se com esta renda a população é considerado classe média, significa que acima de R$ 1.020 mensais estaremos na classe alta. Essa ideia foi plantada pelo governo para ludibriar os incautos, criando um cadafalso financeiro nas famílias brasileiras, que estão cada vez mais endividadas. Quase 60% estão com dívidas acima de R$ 5 mil e não conseguem pagá-las por causa das altas taxas de juros.

Como podemos crer que o perfil das classes sociais mudou se 50% da chamada "nova classe média" mora na favela, segundo publicação recente de um periódico nacional? Além disso, o Brasil possui mais de oito milhões de pessoas vivendo na linha da pobreza extrema e o número de analfabetos passa dos 13 milhões. O governo incentiva o consumo colocando na mente dessa parcela da população que comprar é bom para o crescimento econômico. Mas isso tem um alto preço: os juros.

Se compararmos os gastos de uma família com quatro pessoas, casal mais dois filhos, morando em um bairro médio, com as crianças estudando em colégio particular e com um veículo, teríamos: prestação do imóvel R$ 1.200; condomínio R$ 500; prestação de um carro popular R$ 510 (36 parcelas); despesas com veículo (sem contar IPVA e Seguro) R$ 400; supermercado R$ 750; plano de saúde R$ 950; educação dos filhos R$ 2.200; outras despesas R$ 1.000; totalizando R$ 7.510.

Como pode uma família com renda de R$ 1.019 ser considerada classe média e sustentar todas essas despesas?

O governo continua adotando medidas populistas para fazer com que a população consuma cada vez mais. A redução gradativa da taxa Selic para 7,5%, a diminuição do empréstimo compulsório junto aos bancos, injetando cerca de 30 bilhões de reais na economia no mês de setembro e mais uma injeção de recursos da Caixa Econômica Federal para financiamento, construção e reformas de imóveis na ordem de R$ 21 bilhões, vai aumentar consideravelmente o endividamento das famílias brasileiras.

O governo vem adotando medidas para estimular o crescimento da economia, que tem sido afetado para baixo pela crise financeira internacional, adotando uma série de medidas. Mesmo assim, o PIB tem demorado a reagir. Foi traçada uma meta de crescimento da ordem de 4% para este ano, mas atualmente já se admite que esse crescimento fique em torno de 2%. Medidas como redução do IPI para a linha branca e para os automóveis, além da redução do IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas fazem parte das estratégias governamentais.

É necessário também preparar essa nova classe média para a mudança do perfil, proporcionando-lhes cursos de educação financeira para que possam planejar o consumo de forma que não se endividem acima das suas possibilidades, pois os juros das financeiras e do cartão de crédito ainda são escorchantes. Preparar também para a mudança cultural, porque não deixa de ser um grande choque a pessoa sair da pobreza para uma chamada nova classe "C", sem saber, no mínimo, algumas regras de comportamento e etiqueta.

Outro dia estava lendo relatos em um blog sobre a nova classe média no avião, em que o autor diz que durante um voo presenciou uma senhora com uma criança recusar o serviço de bordo (lanche, que já estava incluso na passagem) por achar que deveria pagar por aquele serviço. Quando percebeu que a criança estava chateada porque não poderia saborear o lanche, ele teve que intervir, informando a ela que não pagaria mais nada pelo serviço, solicitando ao comissário que a servisse.

Acho válido que as pessoas melhorem de vida e tenham acesso aos bens de consumo, ao lazer, educação, saúde, mas o que não posso concordar é com a maneira que isto está sendo feito. Oxalá que estoure uma bolha financeira imobiliária no Brasil.

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/82694/A-nova-classe-m%C3%A9dia.htm