Segundo o Censo, para o grupo de crianças de até 3 anos, a proporção subiu de 9,4% para 23,5%. Mas há muito a caminhar ainda. Segundo a pesquisadora do IBGE Vandeli dos Santos Guerra, a educação infantil em nosso país ainda é a mais deficitária.
O Censo mostra também que nesse período (2000-10), 96,7% das crianças de 6 a 14 anos de idade estavam na escola. Já na faixa etária de 15 a 17 anos, a proporção cai para 83,3%. A pesquisa aponta que de um modo geral, o nível de escolarização tem melhorado no país.
Embora o número ainda não seja o ideal, no grupo acima de 25 anos, o nº de pessoas sem instrução (ou com ensino fundamental incompleto) caiu de 64% (2000) para 49,3% (2010). Com ensino médio completo, passou de 12,7% para 14,7%. Já o índice dos brasileiros com ensino superior completo subiu de 6,8% para 10,8%.
Outra boa notícia: dos 6,2 milhões de alunos que estavam na faculdade em 2010, quase 700 mil já tinham um curso superior concluído (10,8%). Desses, 196,5 mil (30,1%) tinham mais de 40 anos de idade.
Esses dados explicam, em boa parte, por que vencemos as eleições e os nossos governos contam com tanto apoio popular. Nesse ritmo, nos próximos dez anos, nós vamos atingir a universalização no ensino médio (mais do que necessária) e dobrar o número de estudantes universitários, melhorando a qualidade e dando um salto em Ciência e Tecnologia.
E mais ainda com os 10% do PIB destinados para a área da Educação, com os recursos do pré-sal e mesmo que não sejam os 100% como quer o governo.