DILMA QUER AFASTAR PSB DO GOVERNO. E AGORA CAMPOS?

Em meio à tentativa do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), eventual candidato à Presidência da República, de deixar para anunciar o rumo que tomará apenas em 2014, a presidente Dilma Rousseff (PT) quer trocar, até o fim deste mês, o comando do Ministério da Integração Nacional, que tem à frente o ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB); a medida deverá colocar um pano quente na relação entre as duas legendas e aumentar ainda mais as trocas de farpas, sobretudo por parte dos pessebistas, com ambos os partidos fazendo parte do mesmo governo

14 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 11:00

PE247 – Em meio à tentativa do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), eventual candidato à Presidência da República, de deixar para anunciar o rumo que tomará na política apenas em 2014, a presidente Dilma Rousseff (PT) quer trocar, até o fim deste mês, o comando do Ministério da Integração Nacional, que tem à frente o ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB). No lugar do socialista, entrará um integrante do PMDB, principal aliado dos petistas na atual gestão. A medida deverá colocar um pano quente na relação entre as duas legendas e aumentar ainda mais as trocas de farpas, sobretudo por parte dos pessebistas, com ambos os partidos fazendo parte do mesmo governo.

O objetivo da petista é impedir que tanto o governador pernambucano, que também é presidente nacional do PSB, quanto os seus aliados usem o Governo Federal como "vitrine" eleitoral para as suas postulações no próximo ano. A mudança de comando não deve ocorrer apenas no ministério, onde o novo ministro deverá ser indicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas também em cargos federais de primeiro e segundo escalões, como a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene ) e a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

No entanto, dentro da legenda socialista, o governador do Ceará, Cid Gomes, bem como o irmão, Ciro Gomes, devem continuar alinhados com o projeto de reeleição da presidente Dilma, segundo informações da Agência Estado. Neste caso, está em jogo a formação de um palanque para a eleição do Executivo cearense, onde os irmãos Gomes devem indicar o ministro da Secretaria dos Portos, Leônidas Cristino (PSB), para disputar contra o senador Eunício Oliveira (PMDB). Com a abertura de mais espaço para os peemedebistas no Governo Federal, em troca os socialistas garantirão o apoio da presidente à candidatura do PSB no Ceará, enfraquecendo o PMDB naquele estado. Dessa forma, a troca de comando de cargos no governo Dilma na atingirá a Secretaria dos Portos.

Em tese, o momento da suposta decisão não era esperado pelo PSB. Vale ressaltar que o líder do partido na Câmara Federal, Beto Albuquerque (RS), disse, em entrevista ao Pernambuco 247, no final de agosto, que o partido entregaria os cargos no governo Dilma no ainda este ano. Mas, com a intenção do PT em fazer o governador Eduardo Campos definir o quanto antes a sua candidatura, um recuo que parece pouco provável, resta saber como o PT e PSB vão administrar a relação entre ambos os partidos até a campanha eleitoral do próximo ano, até porque os socialistas continuarão integrando a base aliada no Congresso Nacional.

AÉCIO: "ESTAREMOS (EU E SERRA) JUNTOS EM 2014"

Diante dos rumores de que haverá prévia no PSDB para definir quem será o candidato ao Palácio do Planalto em 2014, o senador e pré-candidato tucano a presidente, Aécio Neves (MG), disse que não trabalha com a hipótese da haver uma disputa interna na legenda tucana; a informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo; "Tenho a convicção de que estaremos juntos, qualquer que seja o cenário", declarou Aécio à colunista

14 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 11:54

Minas247 – Diante dos rumores de que haverá prévia no PSDB para definir quem será o candidato ao Palácio do Planalto em 2014, o senador e pré-candidato tucano a presidente, Aécio Neves (MG), disse que não trabalha com a hipótese da haver uma disputa interna na legenda tucana. A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

"Em todos os encontros que tenho tido com Serra jamais tive essa impressão e jamais partilhei esse tipo de opinião com quem quer que seja. Pelo contrário, tenho a convicção de que estaremos juntos, qualquer que seja o cenário, certamente para descontentamento de muitos que apostam e trabalham para a nossa divisão", declarou Aécio à colunista.

Após o PSDB ter apostado duas vezes no ex-governador de São Paulo José Serra (2002 e 2010) para a eleição presidencial, a legenda tucana resolveu, a princípio, apostar no senador Aécio Neves. Já em dezembro de 2013, o principal nome da legenda, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lançou o parlamentar como pré-candidato do partido ao Palácio do Planalto, o que frustraria as expectativas de Serra em concorrer à Presidência.

Porém, uma pesquisa feita pelo Datafolha, entre dos dias 7 e 9 de agosto deste ano, com 2.615 pessoas em 160 municípios, reanimou o ex-governador de São Paulo. Em um dos cenários, José Serra assegura a terceira posição, com 14% dos votos, enquanto Aécio estaria em quarto, com 10%. Em primeiro lugar, viria a presidente Dilma (32%), seguida da ex-ministra Marina Silva (23%). Atrás do senador, na quinta colocação, estaria o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 6%.

O levantamento jogou mais ainda um "mar de incertezas" sobre a definição da candidatura do PSDB em 2014. Mas FHC já disse que a maioria dos tucanos é favorável à postulação do senador. Nas entrelinhas desta aposta estaria a necessidade de renovar a legenda tucana, que perdeu as últimas três eleições presidenciais.

Enquanto a possibilidade de ocorrer prévias é discutida no PSDB, as declarações de Aécio vieram mais uma vez para tentar colocar um pano de água fria nesta hipótese. Soma-se a isso o fato de a legenda tucana já ter veiculado algumas inserções partidárias com Aécio. Agora, resta a José Serra tentar colocar em prática a árdua tarefa de ter um jogo de cintura o suficiente para convencer o seu partido a realizar uma prévia e, além disso, obter o apoio da maioria dos filiados.