247 – O Brasil figura em terceiro lugar no ranking de número de usuários ativos na internet – o acesso chegou a 83,4 milhões de pessoas no segundo trimestre deste ano, 7% a mais do que no mesmo período de 2011. Mas quando o quesito é o tempo que gastam navegando na rede os internautas brasileiros são os campeões.
De acordo com o Net Insight, estudo do IBOPE Media, por mês, o internauta brasileiro chega a ficar mais de 43 horas e 57 minutos, em média, conectado. Na sequência, vêm os franceses (39 horas e 23 minutos) e os alemães (37 horas e 23 minutos).
A internet ocupada hoje a principal fonte de informação para milhões de brasileiros, o que tem aniquilado a audiência da TV.
Segundo recente pesquisa do Ibope, divulgada pela coluna Ooops!, de Ricardo Feltrin, praticamente todos os telejornais brasileiros tiveram uma grande queda na audiência neste ano, em comparação a 2012.
O líder Jornal Nacional, da Globo, chegou a perder 12% de ibope este ano, até 31 de agosto. O mesmo aconteceu com os outros telejornais da emissora.
Os desempenhos da Band e SBT seguiram a tendência, conforme o quadro abaixo. Mas o pior resultado ficou com o "RedeTV! News", que viu este ano quase metade de seu público desaparecer - 41%.
O Jornal da Record foi o único que cresceu, mas registrou alta de apenas 2%.
O reflexo dessa evolução do mundo digital é a crise que acomete os grandes grupos de mídia.
A RedeTV! administra sua pior crise, com uma série de demissões em consequências da má gestão realizada pelos sócios Amilcare Dallevo e Marcelo Carvalho nos últimos anos. O jornalista Kennedy Alencar pediu demissão da emissora, onde apresentava, desde 2008, o programa "É Notícia''.
A saúde financeira da Record, do bispo Edir Macedo, chefe da Igreja Universal do Reino de Deus, já era questionada pelo mercado no ano passado. O Grupo fechou o ano com uma quebra de R$ 200 milhões nos resultados.
Quanto a Globo, a perda maior é na credibilidade. A emissora de Roberto Marinho foi um dos alvos das manifestações de junho, que chegaram a jogar até fezes nas sedes da TV. Entre as causas dos protestos, uma conta de R$ 713 milhões por sonegação ao Fisco federal, por mudanças suspeitas na formação societária das empresas do grupo.
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