PADILHA: DEPOIS DOS MÉDICOS, VEM A ESTRUTURA
“O maior obstáculo era ter o médico. Construir a unidade de saúde, equipá-la e mantê-la reformada é uma ação que o município fica estimulado a fazer quando vê que nós conseguimos garantir um médico para atender aquela população”, declarou o ministro Alexandre Padilha, que participou da cerimônia de abertura da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo
16 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 14:35
Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje (16) que a chegada dos médicos estrangeiros nas comunidades pobres do país vai estimular a melhora da infraestrutura nas unidades de saúde. “O maior obstáculo era ter o médico. Construir a unidade de saúde, equipá-la e mantê-la reformada é uma ação que o município fica estimulado a fazer quando vê que nós conseguimos garantir um médico para atender aquela população”, declarou o ministro, que participou da cerimônia de abertura da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Padilha citou situações que viveu quando trabalhou como médico na Amazônia. O ministro foi supervisor de um núcleo da Universidade de São Paulo (USP), atuando em comunidades amazônicas, e conta que percebeu que a chegada dos médicos atraiu desenvolvimento para a região.
“Não tinha nenhuma estrutura nos lugares onde trabalhamos. A presença de médicos lá estimulou o município, outras universidades e organizações a montar estrutura. Uma aldeia indígena não tinha nada, hoje tem centro cirúrgico, ambulatório para tratamento. A cidade de Santarém (PA) não tinha uma faculdade. Hoje tem a faculdade de medicina, que é um grande hospital regional”, disse.
O ministro informou ainda que todos os municípios participantes do Programa Mais Médicos usarão recursos do Ministério da Saúde para reforma, ampliação e construção de unidades de saúde.
Segundo cronograma do ministério, o início do trabalho dos profissionais do programa está previsto para o dia 23. De acordo com o ministro, as inscrições para os interessados em participar do programa serão abertas mensalmente, prioritariamente para médicos brasileiros. Padilha ressaltou que os estrangeiros podem ocupar apenas as vagas não ocupadas pelos profissionais brasileiros. “Aos poucos, vamos poder mostrar o programa, mostrar que ele não tira emprego de nenhum médico brasileiro”, destacou.
Nesta semana, disse o ministro, está programada a seleção dos médicos estrangeiros que se inscreveram no segundo mês do Mais Médicos. Eles poderão optar pelas cidades onde querem trabalhar. “O Mais Médicos é um primeiro passo de uma longa caminhada para fazer uma mudança profunda na realidade da saúde da nossa população, mas é o passo mais corajoso”, disse.
http://www.brasil247.com/pt/247/saudeebemestar/115085/Padilha-depois-dos-m%C3%A9dicos-vem-a-estrutura.htm
PADILHA FUSTIGA CAIADO COM MAIS MÉDICOS PARA GOIÁS
Estado de origem do líder dos Democratas na Câmara e maior crítico do programa é o grande beneficiado pela segunda fase do Mais Médicos; dos 400 selecionados, 48 (12%) vão para Goiás trabalhar em 14 municípios; cidades da grande Goiânia, Aparecida receberá 26 profissionais e Trindade, 7; o resultado global (400 médicos) equivale a 28,3% do total de 1.414 profissionais inscritos; em todo o país foram selecionados 217 municípios e 10 distritos indígenas
16 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 09:10
Goiás247_ O segundo mês de seleção do programa Mais Médicos para profissionais formados no Brasil foi concluído na sexta-feira (13) com a confirmação da participação de 400 profissionais com diploma do Brasil. Destes, 48 virão para Goiás, terra do maior crítico do programa do Ministério da Saúde, o deputado federal e líder do Democratas Ronaldo Caiado, que é ortopedista.
Caiado é idealizador do projeto Mais Médicos Livre, um gabinete que funciona na Liderança do DEM e tem por missão dar apoio jurídico a médicos cubanos que queiram pedir asilo no País.
Em Goiás, 14 municípios foram contemplados, com destaque para Aparecida de Goiânia, que receberá 26 médicos; Trindade, que receberá sete; Valparaíso, três; e Planaltina de Goiás, 2. Os demais receberão um cada. São eles Abadiânia, Aragoiânia, Goianira, Guarani de Goiás, Hidrolândia, Montividiu do Norte, Novo Gama, São Domingos, Sítio D´Abadia e Terezópolis de Goiás (1).
O resultado da segunda etapa do Mais Médicos equivale a 28,3% do total de inscritos deste grupo, de 1.414 pessoas. Estes profissionais confirmaram interesse de atuar em 217 municípios e 10 distritos de saúde indígena. Entre os profissionais, 232 (61%) vão para municípios do interior e regiões de alta vulnerabilidade social, 157 seguirão para as periferias de capitais e regiões metropolitanas e 11 atuarão em distritos indígenas.
O desempenho da segunda etapa entre os brasileiros cobre apenas 2,4% da demanda por médicos apresentada pelos 4.025 municípios e os 35 distritos indígenas participantes, que apontaram a necessidade de terem 16.625 médicos atuando na Atenção Básica.
Escolhidos por 160 participantes, os municípios da região Nordeste tiveram o maior saldo, seguidos por Sudeste (90), Centro-oeste (66), Sul (43) e Norte (30). Apesar da predominância nordestina, a dianteira entre os estados ficou em Goiás (48), acompanhado de Ceará (42), Bahia (35) e Pernambuco (33), Minas Gerais (32), São Paulo (27), Paraíba (26), Rio de Janeiro (24) e Rio Grande do Sul (15).
ESTRANGEIROS
A definição dos brasileiros abre espaço para que os estrangeiros possam optar entre os postos remanescentes. Até o momento, 410 profissionais com diploma de outros países concluíram a inscrição no Mais Médicos. A partir da meia-noite desta sexta-feira (13) e até domingo (15), as vagas remanescentes serão oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros.
“A prioridade do Ministério da Saúde é a contratação de médicos brasileiros, mas não podemos deixar a população à espera de atendimento. Por isso, vamos continuar abrindo oportunidades para que médicos de outros países possam preencher as vagas onde nenhum brasileiro quiser ir”, assegura o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Conforme previsto na MP que criou o programa, os estrangeiros selecionados para atuar no Mais Médicos trabalharão no Brasil por três anos. Neste período, terão registro profissional provisório, que lhes dará o direito de atuar exclusivamente na Atenção Básica e apenas nas cidades a que forem designados pelo Ministério da Saúde, com acompanhamento de tutores e supervisores.
PROGRAMA
Lançado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.
A segunda seleção foi aberta dia 19 de agosto para adesão de novos municípios e médicos brasileiros e estrangeiros, que puderam se cadastrar até o dia 30 de agosto. Os profissionais selecionados nesta etapa iniciarão as atividades ainda na primeira quinzena de outubro.
O Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação desses estabelecimentos e saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.
(Com informações do Ministério da Saúde)