POLÍTICA DO MÉXICO EXPLICA AMERICANOS FORA DE LIBRA
Decisão do governo liberal de Enrique Peña Nieto, que quebrou o monopólio estatal da Pemex, suga investimentos de empresas como Exxon, Chevron e Shell, para o Golfo do México; expectativa, agora, é que o leilão do maior campo do pré-sal brasileiro seja dominado por empresas asiáticas, especialmente chinesas, que estão ávidas por novas reservas; grupos nacionalistas defendem que a prioridade na exploração desses campos seja dada à Petrobras; Globo culpa "intervenção estatal" por "ausência de gigantes"
20 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 11:01
247 - A desistência de empresas americanas e europeias do leilão do campo de Libra, o maior do pré-sal, tem um motivo: a decisão do governo mexicano, comandado pelo liberal Enrique Peña Nieto, de quebrar o monopólio da Pemex. As principais reservas da companhia estão no Golfo do México, quintal dos Estados Unidos, onde os riscos exploratórios talvez sejam menores do que no litoral brasileiro.
Na sua coluna de hoje, Ilimar Franco, do Globo, aborda a questão:
Viva Zapata!
São vários os motivos que levaram as petrolíferas americanas Exxon e Chevron a não participar do leilão de Libra. Mas o lobista de uma petrolífera europeia avalia que teve peso decisivo a reforma das leis do petróleo no México. O seu presidente, Peña Nieto (PRI), propôs (em agosto) o fim do monopólio estatal do petróleo. As empresas privadas poderão se associar à Pemex e dividir o lucro da exploração. As empresas americanas estão eufóricas. Estimam-se reservas de 29 bilhões de barris no pré-sal do Golfo do México e 13 bilhões de barris de petróleo de xisto. E há ainda os custos. Esses campos ficam no quintal das refinarias que abastecem o mercado americano.
Outro colunista político, Luiz Carlos Azedo, do Correio Braziliense, afirma que, sem os americanos, o leilão de Libra será dominado por empresas asiáticas – especialmente chinesas:
A norte-americana Exxon Mobil e as britânicas BP e BG, gigantes do setor de petróleo, anunciaram ontem que estão fora do leilão do pré-sal do campo de Libra, na bacia de Santos. Os norte-americanos já vinham sinalizando desinteresse pelo leilão, como a coluna antecipou no sábado passado, mas a desistência da britânica BG pegou de surpresa a Petrobras: é sua principal parceira no pré-sal.
Segundo a diretora da Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriard, cada empresa alegou um motivo particular para pular fora do negócio. O governo esperava, inicialmente, que até 40 empresas participassem do leilão, marcado para 21 de outubro. Somente 11, até agora, manifestaram interesse no arremate, cuja taxa de inscrição custa R$ 2 milhões.
Com isso, cresce no mercado a expectativa de que as estatais chinesas Sinopec, Sinochem e CNPC protagonizem a disputa. Quem vencer terá de fazer um pagamento imediato de R$ 15 bilhões e firmar o compromisso de investimento mínimo de R$ 610 milhões nos primeiros quatro anos, o que afastou as empresas brasileiras da disputa, com exceção da Petrobras, que já é dona de 30% do campo pela nova legislação. A norueguesa Statoil e a francesa Total seriam também fortes candidatas, segundo a ANP. Mas as chinesas levam vantagens, porque tempo e dinheiro não são problemas para a China. O mais importante é garantir 70% do petróleo do pré-sal para sua economia.
Ceticismo
A previsão da Agência Nacional de Petróleo é de que Libra esteja produzindo 1 milhão de barris por dia em 2020, metade do que a Petrobras levou 60 anos para obter. Essa expectativa, porém, não é consenso no mercado, no qual circulam informações de que a exploração do campo pode levar 20 anos, por dificuldades tecnológicas e custos financeiros.
Investimento
O prazo do contrato de exploração do campo de Libra é de 35 anos não renováveis, e o investimento previsto de US$ 200 bilhões.
Essa questão também abre um debate ideológico. Enquanto jornais conservadores, como o Globo, culpam o excesso de intervenção estatal, grupos nacionalistas defendem que a Petrobras tenha toda a prioridade no pré-sal. Abaixo, artigo de Fernando Brito, publicado no Tijolaço:
Americanos e ingleses se foram de Libra. Vamos perder a chance de que fiquem fora?
Desculpem os amigos se corro o risco de me repetir, mas é tanto, tanto dinheiro envolvido – e dinheiro tão importante para o Brasil – que acho importante esclarecer o quanto possa, e a quantos possa, sobre tudo o que está acontecendo nesta preparação do leilão de Libra.
Em primeiro lugar, um acréscimo que só confirma o que disse antes: a Chevron, outra gigante americana, juntou-se à Exxon, a British Petroleum e a British Gas na sua retirada. Americanos e ingleses agiram coordenadamente, numa atitude claramente política.
Governo americano e petroleiras vivem em tamanho mutualismo que é impensável que esta ação em bloco não tenha o beneplácito – senão a inspiração – dos dirigentes dos EUA.
Segundo, que todo mundo sabe que há um esqueleto de acordo firmado entre a Petrobras e os chineses para entrarem juntas no leilão como força virtualmente imbatível. Porque os chineses querem “remuneração” em vendas firmes de petróleo bruto ao seu país.
Então isso seria ruim para o Brasil? Não seria muito melhor refinar o petróleo e vender derivados refinados? Em alguns momentos – e essa é uma tendência mundial pela insuficiência global de parques de refino – sim.
Mas a questão é que, pelo investimento e prazo de implantação de refinarias, se tudo correr bem,chegaremos a 2020 com uma capacidade de refino de cerca de 3,6 milhoes de barris/dia, apenas o suficiente para suprir o mercado interno de derivados. Mas a produção de petróleo já terá chegado perto de 6 milhões de barris diários, o que produz um excedente de perto de 2 milhões diários de petróleo bruto, que terá de ser exportado em cru.
Mas não deveríamos, então, investir mais em refinarias? Sim, mas de volta o problema: é caro e demorado fisicamente e o retorno econômico do investimento é lentíssimo, de uma década ou mais. Justamente por isso, no mundo, há um déficit de refinarias e, nõ por acaso, fazer refinaria não está sequer nos planos das petroleiras estrangeiras para o Brasil.
Além disso, um refinaria não opera com qualquer tipo de petróleo, ela só pode utilizar óleo com determinada densidade. Antes do pré-sal, 85% do petróleo que hoje produzimos é pesado. O do pré-sal, que vai corresponder ao aumento de produção, é leve.
A inconveniência do leilão de Libra está no valor do bonus iniciial – de R$ 15 bilhões – que vai obrigar a uma descapitalização lesiva à Petrobras, que só pelos seus 30% obrigatórios na nova lei, terá um desembolso de R$ 4,5 bilhões. Se, como tudo indica, a participaçao da brasileira for de 60% ou pouco mais que isso, o desembolso será em torno de R$ 9 a 11 bilhões. Dinheiro que sai da sua capacidade de investir para formarmos o tal – e mau – superavit fiscal.
Mas, frente à conjunção política que se formou, isso acaba sendo aceitável, se nos garante o controle majoritário do maior campo de petróleo do mundo, hoje.
Escrevo no início da madrugada, ainda sem ver as manchetes desta sexta.
Mas já deu para ver com que espanto e indignação a nossa mídia trata a saída de americanos e ingleses do leilão, falando em “fracasso” e “esvaziamento”.
E pergunto aos setores nacionalistas que ainda advogam o adiamento do leilão: não era isso o que o país desejava, sobretudo depois da revelação da espionagem americana sobre a Petrobras?
Vamos perder, por puerilidade, a oportunidade histórica de controlar hegemonicamente o maior campo de petróleo deste paìs e , hoje, do mundo? Tudo dentro da lei, das regras por ela lixada, com tal solidez que balizará o desenvolvimento exploratório do enorme tesouro do pré-sal ainda por ser descoberto ou delimitado?
A resposta a isso só pode ser um não!
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/115521/Pol%C3%ADtica-do-M%C3%A9xico-explica-americanos-fora-de-Libra.htm
RESPOSTA INTERNA A OBAMA
JOSÉ DIRCEU
Trata-se de importante marco nas relações entre os dois países, que reforça a soberania brasileira e responde, no plano externo, às sucessivas agressões que a espionagem americana realizou nos últimos anos
A presidenta, Dilma Rousseff, tomou uma decisão correta e corajosa ao adiar a visita que faria aos EUA em outubro. Trata-se de importante marco nas relações entre os dois países, que reforça a soberania brasileira e responde, no plano externo, às sucessivas agressões que a espionagem americana realizou nos últimos anos.
Mas há uma resposta, também contundente, que o Brasil e os brasileiros podem dar aos episódios de espionagem dos EUA no plano interno, reforçando nossas instituições: o momento é mais do que oportuno para concluir o debate e aprovar o Marco Civil da Internet, que garantirá direitos e dificultará a interceptação de dados brasileiros.
O projeto é um tipo de constituição para a web, definindo como o Estado reconhecerá as relações na rede e os direitos dos internautas. Diferentemente de legislações casuísticas recentes, como a Lei do Cibercrime e a chamada “Lei Carolina Dieckmann”, o Marco Civil da Internet lida com temas estruturais, especialmente a instituição do princípio da neutralidade da rede.
Na prática, a neutralidade significa impedir os provedores de selecionar os sites a que os usuários têm acesso e decidir se esse acesso é integral ou restrito. Esse será, inclusive, ponto ressaltado no discurso da presidenta durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, em que Dilma reforçará nossa concepção de que as tecnologias da informação são terreno para o conhecimento e a democracia —não para arapongagem.
Em relação à segurança da informação, o governo vai estudar a obrigatoriedade de que os servidores que armazenam dados de usuários brasileiros sejam localizados no país, para impedir a manipulação dessas informações em outros países. Um avanço importante, ao qual têm de somar-se o debate sobre a ampliação do investimento em softwares livres e a criação de sistemas operacionais brasileiros, bem como o estabelecimento de uma rede de satélites geoestacionários nacionais. O primeiro deles já está em produção em São José dos Campos (SP) e deverá ser lançado em 2016, embora a presidenta tenha dado sinais de que pretende apressar o projeto.
Como está, não apenas a população, mas também o governo federal depende dos serviços e da infraestrutura de empresas privadas estrangeiras (a maioria americana e, portanto, sujeita à Agência Nacional de Segurança dos EUA) para gerar e transmitir dados, sem qualquer garantia de que terá a confidencialidade de suas informações respeitada. Afinal de contas, sem o Marco Civil, a privacidade dos dados na Internet não é sequer prevista pela nossa legislação.
Vale lembrar que o projeto está na Câmara dos Deputados desde 2011. Antes disso, durante o Governo Lula, passou por ampla consulta popular que colheu mais de 2.000 contribuições do povo brasileiro ao projeto. Portanto, não podemos e não devemos mais esperar. A presidenta Dilma já pediu urgência ao Congresso para apreciar o texto. É indispensável que a sociedade acompanhe e cobre dos parlamentares que os pontos centrais da proposta sejam votados.
No fundo, o Marco Civil da Internet representa uma mudança de paradigma essencial: significa não permitir que a internet seja tratada apenas do ponto de vista negócios e trazê-la para o debate sobre direitos, como a liberdade de expressão, a privacidade e, hoje em dia, também a soberania.
DILMA NÃO TIROU O SAPATO, MAS O ARREMESSOU NO OBAMA
DAVIS SENA FILHO
A verdade é que a Alca foi um fracasso e um dos responsáveis por tal bloco não vicejar nas Américas foi o presidente Lula, que implementou um politica externa ousada, não alinhada aos EUA, como nos tempos de FHC, e aberta a novos parceiros e mercados
A presidenta Dilma Rousseff disse não ao presidente bisbilhoteiro dos Estados Unidos, Barack Obama, e suspendeu sua viagem programada para outubro ao império belicoso, cuja política externa é a do porrete, mas mesmo assim e apesar de tudo tal mandatário yankee recebeu da academia sueca, em 2009, o Prêmio Nobel da Paz. Realmente, a premiação foi um acinte ao bom senso, bem como um deboche à inteligência alheia.
Por sua vez, Dilma arremessou o sapato no Obama. Em atitude antagônica a de Celso Lafer, chanceler de FHC — o Neoliberal I —, a mandatária não tirou os sapatos, como o fez Lafer em aeroporto de Nova York, a mando de um agente subalterno. A atitude do chanceler tucano demonstrou, simbolicamente, o quão o governo de FHC foi subserviente, pois alinhado automaticamente aos interesses norte-americanos, ao ponto de seu governo entreguista desmantelar o estado brasileiro e, por conseguinte, atender à nova ordem mundial da época, que implicava em implantar teoria que, na verdade, privilegiava os interesses econômicos de países ricos em detrimento do povo brasileiro, que tinha dificuldade até para ter acesso ao emprego.
A potência militarista do norte da América, além de invadir armada até os dentes os países que não rezam por sua cartilha política e econômica, também é useira e vezeira em cometer outros desatinos, como, por exemplo, derramar bilhões de dólares no mercado mundial de forma artificial e, consequentemente, enfraquecer a economia de países concorrentes, a fim de fortalecer a sua economia, que desde a crise internacional de 2008 enfrenta graves problemas, que afligem parte representativa de sua população, cerca de 40 milhões de pessoas, que necessitam dos conhecidos bônus de alimentação, que com o passar do tempo tiveram o poder de compra diminuído comparado a anos anteriores.
Contudo, voltemos à Dilma Rousseff. A mandatária brasileira, diferentemente do tucano Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — comanda a política externa brasileira. A partir do Governo Lula, à frente do Itamaraty o ministro Celso Amorim, estabeleceram-se novas diretrizes para o Brasil, no que concerne à independência e à autonomia do País em viabilizar novas parcerias, concretizar a efetivação de novos blocos políticos e econômicos, além de dar maior atenção às relações Sul-Sul, porém, sem esquecer a importância que têm os países europeus, o Japão e os Estados Unidos em termos comerciais.
Além disso, o Mercosul se fortaleceu com o ingresso da Venezuela, bem como o processo de adesão da Bolívia está a tramitar pelos escaninhos do bloco, que já conta com a volta do Paraguai, país que foi punido por causa do golpe de estado de caráter “jurídico”, que apeou do poder o presidente Fernando Lugo. O fortalecimento do Mercosul enterrou de vez a Alca, controlada pelos EUA, que na verdade apenas queriam inundar o poderoso mercado interno brasileiro com seus produtos isentos de taxas e tarifas.
A verdade é que a Alca foi um fracasso e um dos responsáveis por tal bloco não vicejar nas Américas foi o presidente Lula, que implementou um política externa ousada, não alinhada aos EUA, como nos tempos de FHC, e aberta a novos parceiros e mercados, a exemplo dos países africanos, asiáticos, a ser a China atualmente o principal parceiro do Brasil, a superar os Estados Unidos.
Outra solução importante foi a criação, ainda no governo Lula, dos BRICS, bloco econômico poderoso, com mercados internos gigantescos e populações que estão a experimentar a ascensão social, porque milhões de pessoas ingressaram na classe média. Lula e Celso Amorim e muitos de seus principais assessores, a exemplo de Dilma Rousseff, na época chefe da Casa Civil, perceberam que se o mercado consumidor brasileiro não fosse fortalecido e o consumo incentivado o Brasil poderia afundar a sua economia juntamente com os europeus e os estadunidenses, países que, como um abraço de afogado, tentaram, em vão, escapar de uma crise financeira e imobiliária que puxava todos para o fundo.
A busca por novos parceiros comerciais, o fortalecimento do mercado interno, a criação de blocos para fazer contraponto à União Europeia e à economia norte-americana fez com que também o Brasil fosse um dos principais signatários da criação do G-20, grupo que engloba as maiores economias do mundo. Com a dívida externa paga, um PIB de US$ 2,253 trilhões (2012), reservas internacionais de US$ 374,417 bilhões, o Brasil se tornou a sexta maior economia do mundo, a superar países como a Itália, a Inglaterra e a Rússia, mas necessita acelerar a distribuição de renda e riqueza, além de realizar uma profunda reforma agrária, para que a sociedade brasileira se torne menos violenta, estanque as migrações e dê condições de vida àqueles que, porventura, optaram em viver no campo. E isto tudo pode ser feito, com vontade política e determinação para enfrentar a reação das “elites” e a desinformação da classe média, tradicional aliada das classes sociais dominantes.
Entretanto, desde a implementação de uma política externa ousada e voltada para a conquista de novos mercados comerciais, os governos trabalhistas de Lula e de Dilma sofreram pressões contrárias à nova forma de se enxergar o mundo por parte da imprensa de mercado e de setores conservadores das universidades e do próprio Itamaraty, por intermédio de alguns diplomatas da ativa que desejam a volta da diplomacia de punhos de renda, a exemplo do diplomata que trouxe às escondidas um senador boliviano, e das vozes de embaixadores aposentados, que fazem da Globo News, do Instituto Millenium, da Folha, do Globo, da Época e da Veja tribunas oposicionistas à diplomacia oficial efetivada pelos trabalhistas desde 2003, e que se tornou uma realidade vitoriosa.
Esses órgãos de comunicação privados são verdadeiras tribunas de ataques e contestações às estratégias de relações exteriores entre o Brasil e o mundo efetivadas há 11 anos, tempo em que os trabalhistas estão no poder. Os barões da imprensa, porta-vozes dos setores mais conservadores e reacionários da sociedade brasileira, estão acostumados há séculos a serem subservientes aos ditames dos países imperialistas, que são tratados por essa “elite” colonizada e com um imenso complexo de vira-lata como suas cortes — os “sonhos dourados”, inoculados em seus corações e mentes no decorrer de gerações. O provinciano que se considera cosmopolita, porque foi visitar o Mickey para se comportar como um pateta, ao tempo em que reage contra e desaprova a ascensão social de milhões de brasileiros. Trata-se do cretino sem espelho.
Dilma Rousseff não adiou a visita aos EUA, como quer fazer crer o colunista “imortal” de O Globo e 12º juiz derrotado do STF, Merval Pereira. A presidenta simplesmente suspendeu o encontro com Barack Obama, porque não ficou satisfeita com as desculpas esfarrapadas do mandatário yankee quanto às arapongagens perpetradas contra o Brasil, o Governo trabalhista e a Petrobras. Vale lembrar que cidadãos brasileiros também foram bisbilhotados. Os EUA têm uma dívida moral com a humanidade, porque, além de ser o berço de um capitalismo de exploração sem fim aos países pobres e militarmente mais fracos, é também o maior responsável e culpado pela maioria dos conflitos armados, políticos e econômicos deste planeta.
O motivo disso tudo é que os EUA bombardeiam e invadem países, cometem dupings comerciais, controlam o mercado de capitais e de armas, em âmbito mundial, e depois de todas essas atrocidades e perversidades resolvem recrudescer sua vocação policialesca, e, por seu turno, impõem a todas as nações uma paranoia e neurose de segurança que remonta ao livro 1984, de George Orwell. As torres gêmeas foram postas abaixo e o mundo até hoje paga por este ato de guerra dos inimigos dos EUA
No decorrer desse tempo, as pessoas são vítimas de uma sociedade exageradamente espionada e fisicamente controlada pelo Grande Irmão (Big Brother), opressor de uma sociedade que fica à mercê daqueles que detêm o poder político e econômico, para edificar um estado totalitário, que são os EUA em relação ao mundo, e que beneficia as camadas sociais privilegiadas e as grandes corporações. Os Estados Unidos não são uma nação, mas, sim, um conjunto de corporações empresariais poderosas, que exploram e oprimem o mundo por intermédio da força do dinheiro e de ações de guerra no exterior.
O Brasil é um país poderoso. A sexta maior economia do mundo, mas os EUA ainda são muito mais fortes, e se valem disso. Espiona o governo brasileiro e suas empresas estatais e privadas, porque, como sempre, comportou-se dessa forma desde sua independência. O grande satã, como os EUA são considerados pelos árabes, ou Tio Sam, como é conhecido pelos seus cidadãos, não se faz de rogado e tergiversa, dissimula e distorce os fatos e as realidades para não assumir suas culpas e responsabilidades, retratadas, neste caso, quanto à sua espionagem.
O Brasil fez a sua parte. Reclamou e vai fazer uma queixa oficial na ONU e outros fóruns legais. Não tem jeito. Só se pode fazer isso, pois a bisbilhotice foi feita. Dilma não tinha outra saída, apesar do deboche e das críticas açodadas da direita partidária, da imprensa de negócios privados e dos coxinhas reacionários de classe média. Mas o caminho diplomático está a ser sedimentado, no sentido de marcar posição, que redundou na suspensão do encontro entre a brasileira e o norte-americano. Dilma não tirou os sapatos, mas o lançou em direção ao Obama. Ela não é subserviente, colonizada e muito menos tucana. É isso aí.