247 – A presidente Dilma Rousseff apontou um "déficit histórico" no investimento em transporte público ao criticar, nesta sexta-feira 25, os governos federais que antecederam o PT. Ela participou de evento em São Paulo, onde anunciou R$ 5,4 bilhões para obras em mobilidade urbana, principalmente na ampliação de linhas de metrô e trens na capital. As críticas foram feitas ao lado do governador paulista, Geraldo Alckmin, do PSDB.
"Nos anos de 1980 e 1990 era considerado inadequado fazer metrô, dado o custo elevado de investimento. Essa inadequação estava ligada também ao fato de o Brasil passar por um momento muito difícil, que durou muito tempo", discursou a presidente. Em parte desse período, o País foi governado pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.
Ela ainda mencionou Alckmin ao falar do pagamento das dívidas pelo ex-presidente Lula ao FMI (Fundo Monetário Internacional), o que, segundo ela, facilitou o investimento no setor. "A gente tinha de pedir autorização ao FMI [para investir]. Por isso foi tão bom, não é governador, a gente ter pagado a dívida com o FMI, que não supervisiona mais as nossas contas", acrescentou Dilma.
Transporte sobre trilhos
Junto com Alckmin, Dilma anunciou o pacote de R$ 5,4 bilhões para a expansão da Linha 2 do metrô (Vila Prudente -Vila Formosa), expansão da Linha 9 do trem urbano para a Zona Sul e a implantação de trem urbano Linha Zona Leste-Aeroporto de Guarulhos, além da modernização de 19 estações do trem metropolitano.
"Investir em metrô é absolutamente essencial, no mínimo, por dois motivos. Primeiro, porque garante um transporte sem interrupção do trânsito, com capacidade de escoamento diferenciada, rápida, eficiente e segura. Segundo, porque o metrô é o grande eixo de integração de modais em qualquer sistema de transporte do mundo, principalmente em áreas conurbadas, ou metropolitas adensadas, como é a de São Paulo", disse Dilma.
Antes, por meio de sua conta no Twitter, a presidente também lembrou que o governo federal está colocando R$ 21 bilhões de investimento em mobilidade urbana em São Paulo, que viabilizam um investimento total de R$ 33 bilhões. O financiamento tem prazo de 30 anos, com cinco anos de carência e juros subsidiados.
Em seu discurso, o governador Geraldo Alckmin defendeu mais investimentos da União para a expansão da malha metroferroviária do Estado. "Os grandes metrôs do mundo, todos eles tiveram recursos do governo federal", cobrou o tucano.
Com informações do Planalto