DE 21 DE JUNHO A 21 DE OUTUBRO
A popularidade de Dilma não caiu do céu. Foi fruto de ações polêmicas, mas concretas
Que diferença quatro meses fazem! No dia 21 de junho, quando o Brasil ardia em chamas no auge das manifestações populares, uma Dilma Rousseff sob intensa pressão anunciou, em rede nacional de rádio e televisão, sua resposta ao grito das ruas. “Temos que aproveitar o vigor dessas manifestações para produzir mais mudanças”, disse ela, antes de antecipar diversos pactos em torno da melhoria de serviços públicos, como saúde, educação e mobilidade urbana.
Mais, mais, mais. Essa foi a palavra mais usada por Dilma num pronunciamento muito criticado por lideranças da oposição, que a acusavam de tentar impor uma agenda própria do PT às ruas, como no caso da reforma política. Naquele 21 de junho, Dilma fez duas promessas concretas: trazer milhares de médicos do exterior ao País e aprovar, no Congresso, 100% dos royalties do petróleo para a educação.
Decorridos 120 dias, Dilma voltou à televisão. Dessa vez, para comemorar o leilão de Libra, que foi considerado bem-sucedido até por opositores, depois que empresas internacionalmente reconhecidas, como Shell e Total, decidiram ingressar no consórcio liderado pela Petrobras. O destino dos royalties do petróleo, não de 100%, mas de 75% para a educação, já estava aprovado. Um dia depois, uma nova aparição para sancionar a lei do programa Mais Médicos, na presença de centenas de profissionais estrangeiros, no Palácio do Planalto. Coincidência ou não, entre um pronunciamento e outro, houve uma recuperação consistente de sua popularidade, refletida na pesquisa Ibope, que, na última quinta-feira, apontava a vitória de Dilma em primeiro turno nos quatro cenários pesquisados, seja com Aécio Neves, Eduardo Campos, José Serra ou Marina Silva. Será que os números caíram do céu? Apareceram na pesquisa apenas porque o gigante, depois de acordar, decidiu voltar a dormir?
Aparentemente, não. A retomada da popularidade parece ter respondido a ações concretas – mas também polêmicas – de Dilma, que, quando se viu sob pressão, conseguiu retomar a iniciativa. O Mais Médicos, por exemplo, enfrentou intensa oposição, de caráter, inclusive, xenófobo. E o leilão do pré-sal, até os 45 minutos do segundo tempo, sofria duas ameaças: a falta de interesse privado e o radicalismo dos protestos de uma esquerda mais nacionalista.
Nessa mesma semana, em que colheu duas vitórias, Dilma fez um desabafo. Em Belo Horizonte, disse que governar “não é mole”. No programa do PT, exibido na quinta-feira, afirmou que o Brasil “fez, faz e fará”, num filme que adotou o mote da continuidade, vendendo a ideia de que o Brasil avançou e continuará avançando. Entre 21 de junho e 21 de outubro, as chances de Dilma cresceram bastante.
Decorridos 120 dias, Dilma voltou à televisão. Dessa vez, para comemorar o leilão de Libra, que foi considerado bem-sucedido até por opositores, depois que empresas internacionalmente reconhecidas, como Shell e Total, decidiram ingressar no consórcio liderado pela Petrobras. O destino dos royalties do petróleo, não de 100%, mas de 75% para a educação, já estava aprovado. Um dia depois, uma nova aparição para sancionar a lei do programa Mais Médicos, na presença de centenas de profissionais estrangeiros, no Palácio do Planalto. Coincidência ou não, entre um pronunciamento e outro, houve uma recuperação consistente de sua popularidade, refletida na pesquisa Ibope, que, na última quinta-feira, apontava a vitória de Dilma em primeiro turno nos quatro cenários pesquisados, seja com Aécio Neves, Eduardo Campos, José Serra ou Marina Silva. Será que os números caíram do céu? Apareceram na pesquisa apenas porque o gigante, depois de acordar, decidiu voltar a dormir?
Aparentemente, não. A retomada da popularidade parece ter respondido a ações concretas – mas também polêmicas – de Dilma, que, quando se viu sob pressão, conseguiu retomar a iniciativa. O Mais Médicos, por exemplo, enfrentou intensa oposição, de caráter, inclusive, xenófobo. E o leilão do pré-sal, até os 45 minutos do segundo tempo, sofria duas ameaças: a falta de interesse privado e o radicalismo dos protestos de uma esquerda mais nacionalista.
Nessa mesma semana, em que colheu duas vitórias, Dilma fez um desabafo. Em Belo Horizonte, disse que governar “não é mole”. No programa do PT, exibido na quinta-feira, afirmou que o Brasil “fez, faz e fará”, num filme que adotou o mote da continuidade, vendendo a ideia de que o Brasil avançou e continuará avançando. Entre 21 de junho e 21 de outubro, as chances de Dilma cresceram bastante.
http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/118909/De-21-de-junho-a-21-de-outubro.htm