DILMA SOBRE LIBRA: "MAIS DE UM R$ 1 TRI PARA EDUCAÇÃO"
Em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidente Dilma Rousseff festejou o resultado leilão de Libra, o maior bloco do pré-sal; ela fez questão de enfatizar os ganhos econômicos com a exploração do maior campo de petróleo; segundo a presidente, em 35 anos, serão R$ 270 bilhões em royalties, R$ 736 bilhões em excedentes de petróleo e R$ 15 bilhões no bônus de assinatura pago na vitória do leilão; "é mais de R$ 1 trilhão, que serão gastos em projetos sociais", afirmou, que também fez questão de deixar claro que o leilão não foi uma "privatização"
21 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 21:37
247 - Em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidente Dilma Rousseff festejou o resultado do leilão de Libra, o maior bloco do pré-sal, que foi adquirido por um consórcio formado por Petrobras, Shell, Total e duas empresas chinesas.
Ela fez questão de enfatizar os ganhos econômicos e sociais com a exploração de Libra. Segundo ela, em 35 anos, serão R$ 270 bilhões em royalties, R$ 736 bilhões em excedentes de petróleo e R$ 15 bilhões no bônus de assinatura pago pelo consórcio na vitória do leilão. "É mais de R$ 1 trilhão, que serão gastos em educação e saúde", disse ela.
"Bastaria a aplicação correta desses recursos para Libra produzir uma pequena revolução no País", enfatizou a presidente. Ela afirmou ainda que outro benefício será a produção, no Brasil, dos equipamentos para a extração do pré-sal. "São mais de 18 novas plataformas", enfatizou.
Dilma fez referência aos lucros da exploração denominando-os de "fabulosa riqueza" e "massa de recursos jamais imaginada para Educação e Saúde". Segundo a presidente, R$ 368 bilhões serão aplicados ainda em combate à pobreza, meio ambiente, mitigação das mudanças climáticas e projetos de desenvolvimento em cultura, esporte, ciência e tecnologia.
No fim, ela mandou um recado para a oposição, enfatizando que o leilão não foi uma privatização, uma vez que a Petrobras estará no controle do consórcio, com 40% de participação, e terá o apoio de empresas parcerias no esforço para produção do pré-sal. Libra, segundo ela, responderá por 67% do consumo brasileiro.
"85% dos lucros vão pertencer ao Estado Brasileiro e a Petrobras. O restante irá para as empresas parceiras. Isto é bem diferente de privatização", afirmou.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o discurso e depois a matéria anterior do 247 sobre como a presidente acompanhou o leilão de Libra:
Dilma comemora resultado do leilão de Libra e diz que não é privatização
Paulo Victor Chagas
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff disse há pouco que o leilão da exploração do pré-sal no Campo de Libra, na Bacia de Santos, foi um sucesso e que não pode ser confundido com privatização. Em pronunciamento na rede nacional de rádio e TV, a presidenta declarou que há “equilíbrio justo” entre os interesses do Estado e das empresas que vão explorar e produzir o petróleo.
“Pelos resultados do leilão, 85% de toda a renda a ser produzida no Campo de Libra vão pertencer ao Estado brasileiro e à Petrobras. Isso é bem diferente de privatização. As empresas privadas parceiras também serão beneficiadas, pois ao produzir essa riqueza vão obter lucros significativos, compatíveis com o risco assumido e com os investimentos que estarão realizando no país”, disse
Segundo Dilma Rousseff, o leilão representa um marco na história do Brasil. “Seu sucesso vai se repetir, com certeza, nas futuras licitações do pré-sal. Começamos a transformar uma riqueza finita, que é o petróleo, em um tesouro indestrutível que é a educação de alta qualidade”, declarou a presidenta, em referência à aprovação dos 75% dos royalties da exploração do petróleo para a educação. "Em uma década Libra pode representar sozinho 67% de toda a produção atual de petróleo do Brasil", acrescentou.
Após a oferta do leilão, um consórcio formado por cinco empresas – a anglo-holandesa Shell, a francesa Total, as chinesas CNPC e CNOOC e a Petrobras – venceu a disputa. Dos 70% arrematados pelo consórcio, 20% são da Shell e 20% da Total. A CNPC e a Cnooc têm, cada uma, 10%, assim como a Petrobras, que já tinha garantidos 30%.
Segundo Dilma, “o sucesso do leilão” vai permitir que sejam repassados à União R$ 270 bilhões em royalties, R$ 736 bilhões a título de excedente de óleo sob o regime de partilha e R$ 15 bilhões como bônus da assinatura do contrato. “Isso alcança um fabuloso montante de mais de R$ 1 trilhão”, ressaltou.
A presidenta da República defendeu também a aplicação correta dos recursos para que seja garantida uma “pequena revolução, benéfica e transformadora”, no Brasil. Segundo ela, a exploração do Campo de Libra possibilitará a geração de milhões de empregos e o desenvolvimento industrial e tecnológico do parque naval e da indústria de fornecedores e prestadores brasileira.
Os benefícios trazidos pela exploração também estão no campo da balança comercial brasileira, que, de acordo com Dilma, aumentará em decorrência da elevação das exportações por meio do acréscimo do volume de óleo produzido.
Segundo a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, o contrato de partilha será assinado dentro de um mês.
Edição: Aécio Amado
Matéria do 247
DILMA ANUNCIA NO TWITTER DISCURSO SOBRE LIBRA HOJE
Presidente adianta pronunciamento sobre resultado do primeiro leilão de exploração do pré-sal, o do Campo de Libra, que, apesar de diversas manifestações no País e ações na Justiça, ocorreu pacificamente no Rio; mensagem será transmitida em cadeia nacional de rádio e tevê na noite desta segunda-feira 21; na abertura do leilão, ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que licitação será um "divisor de águas entre o passado e o futuro"
21 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 17:55
247 – A presidente Dilma Rousseff anunciou há pouco, pelo Twitter, que fará um pronunciamento sobre o resultado do leilão de Libra nesta segunda-feira à noite. "Terminei agora de gravar pronunciamento sobre o resultado do leilão de Libra. Vai ao ar hoje à noite em rede nacional de rádio e TV", publicou a presidente em sua conta no Twitter, às 16h44. De acordo com sua agenda, a presidente assistiu ao leilão, nesta tarde, do Palácio da Alvorada, onde mora.
Dilma deu atenção especial a todos os processos do leilão, a fim de garantir que nada desse errado. Ela afirmou a um aliado que hoje ocorreria um dos atos mais importantes de seu governo. O leilão do Campo de Libra deve "marcar o país por gerações", declarou a presidente, que mandou pessoalmente o Exército reforçar a segurança no hotel que sediou o evento, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Em seu discurso no início do leilão, a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou que hoje era um "dia histórico para o Brasil". "Vocês viram que nossa presidente determinou a utilização de 75% dos royalties na educação e 25% na saúde", disse. "Nós estimamos que apenas Libra seja capaz de R$ 300 bilhões. Nós esperamos muito do bloco de Libra e dessa licitação", acrescentou a executiva.
Também na abertura do leilão, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o atual modelo para leilão do pré-sal sob o regime de partilha serve "aos melhores e mais legítimos interesses do povo brasileiro". Segundo ele, "Libra será um divisor de águas entre o passado e o futuro".
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/118432/Dilma-sobre-Libra-mais-de-um-R$-1-tri-para-educa%C3%A7%C3%A3o.htm
PETROBRAS EXALTA EFICIÊNCIA E ROBUSTEZ DE EMPRESAS PARCEIRAS EM CONSÓRCIO
Em comunicado, a petroleira brasileira diz que "considera que a integração das habilidades e experiência dos consorciados em Libra, em especial Shell e Total, que por sua ampla atividade internacional em oportunidades em águas profundas e pela grande experiência em gerenciamento da concepção e implantação de megaprojetos na área de energia, virão contribuir de forma significativa para a obtenção de resultados mais eficientes na implantação da melhor solução para a produção da acumulação"; sobre as companhias chinesas CNPC e CNOOC, Petrobras destaca "robustez financeira e histórico de relacionamentos anteriores"
21 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 20:58
247 - A Petrobras divulgou nesta segunda-feira, 17, comunicado sobre o leilão do campo de Libra, no pré-sal, o qual foi vencido pelo consórcio formado pela estatal (10%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%). Desse modo, somando os 30% que, por lei, já eram da Petrobras, a empresa terá 40% de participação no grupo. O resultado do leilão, embora já fosse esperado, animou o mercado. As ações da empresa foram as maiores responsáveis por levar o Ibovespa o maior nível em cinco meses nesta segunda-feira (21).
“A companhia considera que a integração das habilidades e experiência dos consorciados em Libra, em especial Shell e Total, que por sua ampla atividade internacional em oportunidades em águas profundas e pela grande experiência em gerenciamento da concepção e implantação de megaprojetos na área de energia, virão contribuir de forma significativa para a obtenção de resultados mais eficientes na implantação da melhor solução para a produção da acumulação. A participação das companhias chinesas CNPC e CNOOC, complementa os requisitos exigidos para um consórcio forte e atuante, pela robustez financeira apresentada e pelo histórico de relacionamentos anteriores de empresas chinesas com outras áreas de negócios da Petrobras”, diz a empresa
Abaixo a nota na íntegra:
A Petrobras informa que o consórcio formado por Petrobras (10%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%) foi o vencedor da 1ª Rodada de Licitação do Pré-Sal, realizada hoje (21/10) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com esse resultado, o consórcio adquiriu direitos e obrigações referentes ao bloco de Libra.
O contrato de exploração e produção a ser celebrado para este bloco será na modalidade de partilha de produção, conforme estabelecido pela Lei n.º 12.351 de dezembro de 2010, que dispõe sobre contratação de atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural em áreas do pré-sal e em áreas estratégicas.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), nos termos da Lei acima referida, estabeleceu em 30% a participação a ser adquirida diretamente pela Petrobras. Com o resultado da licitação, a participação final da Petrobras no consórcio será de 40% , com os direitos e obrigações proporcionais a esta participação.
O consórcio vencedor do bloco ofereceu 41,65 % de excedente em óleo para a União. Esse percentual refere-se ao excedente em óleo a ser pago no cenário de referência entre US$ 100,01 e US$ 120,00 por barril de petróleo e produção por poço produtor ativo compreendida entre 10 mil e 12 mil barris por dia. Esse percentual pode variar de acordo com o preço internacional do petróleo e a produtividade dos poços, conforme tabela definida pela ANP.
Um bônus de assinatura no valor de R$ 15 bilhões deverá ser pago em parcela única, cabendo à Petrobras o valor de R$ 6 bilhões, referente à sua participação no consórcio.
O contrato a ser assinado estabelece que a fase exploratória do bloco terá duração de quatro anos. Nesse período o consórcio deverá realizar as atividades do programa exploratório mínimo, que prevê levantamentos sísmicos 3D em toda a área do bloco, a perfuração de dois poços exploratórios e a realização de um teste de longa duração.
O consórcio também deverá cumprir percentuais mínimos de conteúdo local global em cada fase do projeto, da seguinte forma: 37% para a fase exploratória; 55% para o desenvolvimento de sistemas de produção previstos para começar a operar até 2021 e 59% para os sistemas com primeiro óleo a partir de 2022.
O bloco de Libra está localizado em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, no polígono do pré-sal, sendo considerado um prospecto de elevado potencial. A área possui 1.547,76 km2 e foi descoberta com a perfuração do poço 2-ANP-0002ARJS, em 2010.
A Petrobras ressalta que estimativas sobre o volume de óleo recuperável, custos, investimentos e cronograma dos sistemas de produção desse bloco, serão oportuna e paulatinamente divulgados, à medida que a evolução do programa exploratório mínimo se desenvolva.
A Companhia considera que a integração das habilidades e experiência dos consorciados em Libra, em especial Shell e Total, que por sua ampla atividade internacional em oportunidades em águas profundas e pela grande experiência em gerenciamento da concepção e implantação de megaprojetos na área de energia, virão contribuir de forma significativa para a obtenção de resultados mais eficientes na implantação da melhor solução para a produção da acumulação. A participação das companhias chinesas CNPC e CNOOC, complementa os requisitos exigidos para um consórcio forte e atuante, pela robustez financeira apresentada e pelo histórico de relacionamentos anteriores de empresas chinesas com outras áreas de negócios da Petrobras.
A Petrobras afirma sua confiança no sucesso do desenvolvimento de Libra, suportado pelo expertise desenvolvido, desde 2006, com a descoberta e implantação dos projetos no Pré-sal, que hoje atingem produção total superior a 330 mil barris de petróleo por dia (bbl/d) , bem como acredita que Libra é uma das acumulações mais promissoras da área do Pré-Sal.
As ações e estratégia empreendidas na licitação foram bem sucedidas e alinhadas aos fundamentos do Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 da Petrobras, focando disciplina de capital, gestão integrada do portfólio e prioridade para os projetos de exploração e produção no Brasil. Os indicadores físico-financeiros do Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 seguem vigentes e serão oportunamente revisados, no momento em que houver a incorporação dos parâmetros associados ao desenvolvimento de Libra. A Petrobras reafirma o compromisso de continuar investindo em novas áreas exploratórias no Brasil de forma a garantir a recomposição de seu portfólio, disponibilizando os volumes de petróleo e gás natural necessários para a sustentabilidade da curva futura de produção.